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Revitalização do Alagados é estimada em R$ 30 milhões

Apesar da expectativa, valor total da recuperação ainda deve ser confirmado por estudos. Força-tarefa para evitar baixa no nível d’água ganhou apoio da prefeitura de Carambeí.

Vereador de Ponta Grossa e prefeito de Carambeí se reuniram durante a semana para tratar do tema
Vereador de Ponta Grossa e prefeito de Carambeí se reuniram durante a semana para tratar do tema -

Rodrigo de Souza

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Apesar da expectativa, valor total da recuperação ainda deve ser confirmado por estudos. Força-tarefa para evitar baixa no nível d’água ganhou apoio da prefeitura de Carambeí.

Uma reunião entre o vereador Pastor Ezequiel Bueno (PRB), de Ponta Grossa, e o prefeito de Carambeí, Osmar Blum (PSD), traçou estratégias para colocar em prática o plano de revitalização da Bacia de Alagados, área na região dos Campos Gerais que abastece alguns municípios e sofre há anos com a baixa no nível d’água. Os dois se encontraram durante a semana para discutir sobre o tema.

A Bacia faz parte do sistema de distribuição de água e de energia elétrica para as duas cidades. Ao longo dos anos o espaço apresenta constantes quedas no nível d’água, o que preocupa as autoridades em relação a uma ‘pane’ no funcionamento da Sanepar e da Copel nos próximos anos.

Na reunião, Blum colocou a estrutura da prefeitura de Carambeí à disposição dos trabalhos na bacia. Além dele, também estavam presentes o secretário de Meio Ambiente, Rosnei Rodrigues de Oliveira, e o chefe de gabinete Márcio Taques. Segundo Ezequiel, o prefeito de Carambeí se mostrou bastante otimista com as ações. “Expliquei como estão avançadas as conversas em Ponta Grossa com o governo do Estado. É necessário o apoio de todos em um trabalho deste tamanho”, contou o vereador.

Estudos técnicos devem ser realizados para calcular os custos do processo de dragagem e restauração no entorno da bacia. No entanto, uma estimativa inicial é de que sejam necessários cerca de R$ 30 milhões para a revitalização. “Não é pouca coisa. Por isso tem que ser rateado entre Sanepar, Copel, Instituto das Águas e [Secretaria do Estado de] Meio Ambiente. Os municípios precisam dar uma contrapartida também”, diz o vereador.

O assunto também é discutido pelo Iate Clube de Ponta Grossa, pela Associação de Moradores do Alagados (AMA) e por lideranças da Vila Ernestina. Os envolvidos pedem um investimento para que seja feita, além da dragagem da terra que assoreia a represa, um trabalho de captação da água da chuva em toda a bacia do Alagados. Nos últimos dias, o líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Hussein Bakri (PSD), e o secretário do Estado de Meio Ambiente, Márcio Nunes, estiveram em Ponta Grossa para tratar sobre o tema.

Nível da represa baixou cerca de 15 metros

Em entrevista recente, o vereador explicou que o último período de chuvas trouxe uma sensação de que tudo está normal, mas a estiagem recente mostrou a realidade da represa. “O nível de água está em somente cinco metros, aproximadamente. Os moradores dizem que esse nível já chegou a ser de 20 metros em anos anteriores. O que acontece é que está baixando muito a água e o medo da população é que a represa um dia acabe”, afirmou.

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