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Engie pede licença ao IAP para obras de R$ 2 bi

Ponta Grossa irá receber uma subestação e linhas de transmissão. Perspectiva é de que obras sejam iniciadas em 2019

Mais de mil quilômetros de linhas de transmissão serão construídas no Paraná
Mais de mil quilômetros de linhas de transmissão serão construídas no Paraná -

Fernando Rogala

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Ponta Grossa irá receber uma subestação e linhas de transmissão. Perspectiva é de que obras sejam iniciadas em 2019

A Engie Brasil Energia, maior produtora privada de energia elétrica no Brasil, deu a entrada no processo de licenciamento ambiental para o grande projeto de transmissão elétrica que corta a região dos Campos Gerais. Consta na edição desta sexta-feira (19) do Diário Oficial do Estado a solicitação de diversas licenças ambientais prévias para a realização da nova linha. O investimento total nesse projeto, que contará com pouco mais de mil quilômetros de linhas de transmissão no território paranaense, será de R$ 2 bilhões, como o Jornal da Manhã e o Portal aRede já anteciparam em junho último. Denominado ‘Gralha Azul’, as obras deverão gerar cerca de 4 mil vagas de emprego, com a previsão de início dentro de um ano e a conclusão para 2022.

Das seis licenças ambientais requeridas junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), quatro citam Ponta Grossa. Além de uma linha de transmissão, entre São Mateus do Sul e Ponta Grossa, há a solicitação para uma Subestação de energia, que será implantada em Ponta Grossa, bem como dois trechos de linha de transmissão: um entre essa nova subestação em Ponta Grossa até o seccionamento da Linha de Transmissão Klacel - Ponta Grossa Norte e outro da nova subestação até o seccionamento da Linha de Transmissão Areia - Ponta Grossa Norte.

O ‘Gralha Azul’ é o primeiro projeto de transmissão da Engie, batizado em homenagem à ave-símbolo do estado. Seu objetivo é ampliar o fornecimento de energia na região centro-sul paranaense com a construção de cinco subestações e dez linhas de transmissão que irão percorrer 25 municípios. O prazo de concessão do empreendimento é de 30 anos a partir da assinatura do contrato. Além disso, as duas usinas hidrelétricas da empresa no estado, Salto Osório e Salto Santiago, ambas no rio Iguaçu e adquiridas no leilão de 1998, estão sendo modernizadas com tecnologia de ponta. Apenas na primeira delas, entre 2017 e 2020, a Engie está investindo R$ 190 milhões para modernizar todos os sistemas de controle, proteção e supervisão da usina, que possibilitará ampliar a capacidade de produção energética.

O investimento consiste na constrição de duas linhas, com dois circuitos de 525kV, e seis linhas de 230kV, além de mais cinco trechos de seccionamentos de linhas de 230kV. As novas subestações serão construídas em Ponta Grossa, Irati, Castro, União da Vitória e Guarapuava, e as ampliações necessárias, em subestações já existentes, para a conexão das novas linhas, ocorrerão nos municípios de Areia, Bateias, Ivaiporã, Ponta Grossa Sul e São Mateus do Sul. No total, o projeto prevê que as linhas passem por 25 municípios paranaenses.

Projeto integra o Sistema Nacional

Em entrevista concedida ao Jornal da Manhã em junho, o diretor de Geração da Engie Brasil Energia, José Laydner, revelou que o empreendimento integrará o Sistema Interligado Nacional, cujo planejamento e programação da operação estão à cargo do Operador Nacional do Sistema Elétrico. As instalações serão conectadas inicialmente às instalações da Copel Geração e Transmissão, da Eletrosul e da Copel Distribuição. “As usinas de energia elétrica são, na sua maioria, construídas longe dos centros consumidores (cidades e indústrias). É por isso que a eletricidade produzida pelos geradores tem de viajar por longas distâncias, em um complexo sistema de transmissão”, explica.

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