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Arrecadação federal tem quinta alta seguida na região

Crescimento real mensal, já descontada a inflação, é superior a 2% em relação a 2016

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Fernando Rogala

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A região dos Campos Gerais obteve destaque, durante o mês de maio, na arrecadação de tributos federais no cenário nacional. Enquanto no país houve uma retração de 0,96% em relação ao mesmo período de 2016, nos 61 municípios abrangidos pela delegacia da Receita Federal do Brasil em Ponta Grossa houve um crescimento real de 3,4% (já descontada a inflação neste prazo). Em números, a regional atingiu a marca de R$ 296,8 milhões em tributos fazendários e previdenciários captados, montante que é, em termos nominais, 7,1% maior que os R$ 277,1 milhões obtidos em maio do ano passado. Os valores foram divulgados pela Receita Federal do Brasil nesta terça-feira (20).

Mesmo com o contraste entre a regional e os números nacionais, o delegado da Receita Federal do Brasil em Ponta Grossa, Gustavo Horn, destaca que não há motivos para a comemoração. Mesmo com o registro de crescimentos reais na arrecadação, desde janeiro, superiores a 2%, isso não quer dizer que a região não é afetada pelo cenário macroeconômico. “A arrecadação nacional pega diversas partes do país e soma. E nessas diversas partes há muitas particularidades. Dessa vez, estamos acima da média nacional, mas não significa que estamos em uma ilha de prosperidade em relação ao Brasil”, ressalta o delegado. Segundo ele, a justificativa é que os ramos principais de atuação na região foram menos afetados que aqueles que compõem o ‘grosso’ da arrecadação nacional.

Desta vez, como adianta Horn, o destaque na arrecadação veio das contribuições previdenciárias, com uma alta nominal de 10,4% apenas no mês de maio. Além da massa salarial da região, que foi mantida, um dos motivos da alta, acredita o delegado, é uma alteração no recolhimentos de impostos no agronegócio. “Houveram diversas liminares através das quais se beneficiaram pessoas físicas e empresas. Mas o STF julgou que é constitucional essa contribuição previdenciária e as pessoas voltaram a fazer recolhimentos. Nossa região tem uma expressiva participação no setor primário, e isso fez a diferença nesse mês”, explicou.

Entre os tributos, o único recolhimento que caiu foi o IPI. Porém, isso está relacionado a benefícios fiscais, através dos quais as empresas podem creditar alguns débitos. “A empresa faz o pagamento do IPI. Mas chega um momento que pedem para compensar outros tributos, Já nesse mês tivemos baixa em relação a 2016 pelas compensações, mas para junho, acreditamos que vamos ficar com um valor mais baixo no IPI, já que tivemos pedidos de compensação em grande monta”, completa Horn.

Arrecadação acumulada em 2017 supera R$ 1,6 bilhão

No acumulado do ano, o valor arrecadado junto aos 61 municípios da delegacia regional atingiu a marca de R$ 1,6 bilhão. Entre janeiro de maio do ano passado, esse montante era de R$ 1,49 bilhão, ou seja, um incremento nominal de 7,38%. Já no Brasil, o valor arrecadado chegou a R$ 528,485 bilhões, apresentando um decréscimo real de 0,82%.

Mesmo apenas registrando resultados positivos, com altas reais até o momento, o Delegado Gustavo Horn, mesmo acreditando em um resultado melhor que em 2016, é cauteloso quando se fala em perspectivas até o final do ano.  “Os números são modestos. Nada que nos deixem tranquilos para o restante do ano. Precisamos aguardar um pouco mais para ver o que mais vai acontecer”, conclui. 

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