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Plantio de milho transgênico passa de 90% da área semeada na região

Sementes, que já foram alvo de polêmica, agora são predominantes pela produtividade e combate a pragas. Alguns produtores, porém, preferem a convencional, pelo custo/benefício

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O plantio do milho desta primeira safra 2016/2017 foi concluído na região dos Campos Gerais. No total, foram 93,5 mil hectares cobertos com o grão, segundo informações do Departamento de Economia Rural (Deral). Deste total, a maior parte foi preenchida com milho geneticamente modificado. Informações do núcleo regional do Deral apontam que cerca de 90% dos produtores tenham optado pela semente transgênica.

Para o economista do Deral na região, Luiz Alberto Vantroba, essa participação tem crescido anualmente desde que o Supremo liberou a plantação, há cerca de oito anos. “Se a maioria está plantando, deve ter trazido maior economia ou melhor condução da lavoura”, ressalta. Sobre o temor de malefícios à saúde, ele diz não reconhecer, em todo esse período, nenhum estudo importante que comprove algo negativo.

No caso da Cooperativa Castrolanda, a opção pelos transgênicos é predominante. Segundo explica Rodrigo Namur, Coordenador de Assistência Técnica Agronômica da Cooperativa, 83% do total plantado pelos cooperados é genericamente modificado. Ele destaca dois principais motivos pelos quais o milho transgênico é a opção número um. “Primeiro, eu diria que os principais lançamentos, nos últimos anos, são todos transgênicos. Por serem mais modernos, tem produtividade maior e fatia maior de mercado. E, segundo, o controle de pragas de lagartas, que facilitam o cultivo do milho”, declara.

Por outro lado, ainda há os agricultores que preferem as sementes tradicionais, sem a tecnologia da modificação genética. Gustavo Ribas Netto, que também é o presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa, é um deles. Para o produtor rural, a relação custo/benefício do transgênico não é favorável. “Optei pelo convencional porque acho que é o melhor que o transgênico, já que paga por uma tecnologia que não dá o resultado que espera. O milho tem, basicamente, a tecnologia de combate ao glifosfato, que não precisa na nossa região, e a resistência a lagarta, o qual já testei e não deu o resultado que eles vendiam”, diz. Além disso, ele lembra que, mesmo para quem planta milho transgênico, há a necessidade da intercalação com o milho tradicional, para evitar o fortalecimento de plantas daninhas.

Proporção entre transgênicas e convencionais atinge o equilíbrio

Para o profissional da Castrolanda, a região chegou ao ponto de equilíbrio em relação à proporção de sementes convencionais contra transgênicas. Assim, não deverá haver um aumento na opção dos geneticamente modificados. “A gente imagina que agora estabilizou. Há uma pequena área de convencional, que são dos produtores mais convencionais. E, além do mais, há um diferencial de mercado para as convencionais. Ao longo dos anos veio crescendo, mas agora deve estar estabilizado”, acredita Namur.

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