PONTA GROSSA
Médicos cubanos interrompem atendimento nas UBS
Determinação é do governo cubano. Parte dos profissionais estão parados desde as 12 horas de terça-feira (20)
João Vitor Rezende | 21 de novembro de 2018 - 04:59
Determinação é do
governo cubano. Parte dos profissionais estão parados desde as 12 horas de
terça-feira (20).
A prefeitura de Ponta Grossa criou medidas emergenciais para
suprir a falta dos médicos cubanos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do
município. Na terça-feira (20), o governo de Cuba determinou que os
profissionais interrompessem os atendimentos e as atividades a partir das 12
horas. Com isso, parte dos postos foram prejudicados.
A Secretaria de Saúde determinou que, nesta quarta-feira (21),
caso um paciente chegue em uma UBS e não tenha médico e ele esteja em situação
de urgência e emergência, a própria Equipe Saúde da Família (ESF) fará o
acolhimento e encaminhamento para as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da
cidade. Na quinta-feira (22) as UBS terão escalas com profissionais concursados
atuando na Atenção Primária, em um cronograma que será divulgado até o final da
tarde desta quarta (21).
Através de nota, a Prefeitura de Ponta Grossa informou que todas
as UBS estarão abertas das 8h às 12h, das 13h às 17h, com funcionamento normal
nos atendimentos de pré-natal, exames preventivos, puericultura, pacientes
crônicos, prescrição de medicamentos básicos, entre outros. Além destes
atendimentos de rotina, as UBS contam com o apoio de profissionais
fisioterapeutas, nutricionistas e educadores físicos. As atividades seguem
normalmente nos grupos.
Durante a tarde de terça, equipes da Secretaria Municipal de Saúde e da Procuradoria Geral do Município, receberam os médicos cubanos para uma reunião. No encontro, a prefeitura foi informada de que 56 dos 60 profissionais do exterior deixarão o programa imediatamente. Um deles, inclusive, já tem data para retornar a Cuba: no domingo (25). Os outros ainda aguardam um posicionamento do governo cubano.
Os 60 médicos do exterior representam 75% do total de 80
profissionais que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Na semana passada,
no mesmo dia em que o país anunciou a saída do programa ‘Mais Médicos’, o
prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSDB) afirmou em coletiva de imprensa
que cada médico cubano é responsável pelo atendimento de 4 mil moradores. A
saída dos profissionais deixariam 240 mil pessoas desamparadas na cidade.