Política
Câmara vota responsabilidade no reajuste da tarifa
Discussão está inserida em emenda aditiva ao projeto que altera caráter do Conselho Municipal de Transporte. Medida deve ser rejeitada pelos vereadores.
Rodrigo de Souza | 13 de março de 2019 - 01:37
Discussão está inserida em emenda aditiva ao projeto que altera caráter do Conselho Municipal de Transporte. Medida deve ser rejeitada pelos vereadores.
A sessão desta quarta-feira (13) da Câmara de Ponta Grossa
deve ser marcada por discussões importantes sobre o transporte público
municipal. Dois projetos de lei sobre o tema – além de uma emenda aditiva em um
deles – foram adicionados na pauta. Serão discutidos os ajustes no Conselho Municipal
de Transporte (CMT) – que podem, inclusive, levar a definição sobre aumento da
tarifa de ônibus para o Legislativo – e também a criação do programa ‘Passe
IPTU’. Os dois são de autoria do Poder Executivo.
As duas propostas foram retiradas da discussão na
segunda-feira (11) pelos vereadores. O projeto de lei 01/2019, que institui o
Passe IPTU, recebeu um pedido de vistas por parte do vereador Vinícius Camargo
(PMB), que afirmou estar em dúvidas em relação a um dos itens. Já o projeto de
lei 24/2019, sobre o CMT, foi retirado pelo vereador Celso Cieslak (PRTB). Ele
afirmou, durante a sessão, que pretendia adicionar uma emenda à proposta. No
entanto, o pedido de vistas se deu, na verdade, porque alguns dos vereadores
estavam ausentes da sessão – os membros da Casa optam por votar temas importantes
com o maior quórum possível.
O Passe IPTU pretende conceder desconto de até 15% para
pessoas inadimplentes com o imposto, revertendo o benefício em passagens do
transporte público, ao invés do valor em espécie. A proposta recebeu parecer
contrário na Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização (CFOF), que teve o
vereador Jorge da Farmácia (PDT) como relator. Com isso, a Câmara precisaria
rejeitar o parecer, com no mínimo dois terços dos votos, caso pretenda dar
continuidade à proposta. Por isso existe uma grande possibilidade de que ela
seja rejeitada.
Referente ao CMT, o projeto de lei pretende alterar o
caráter do conselho, que atualmente é consultivo, para deliberativo. Com isso,
os conselheiros seriam responsáveis por definir o novo valor da tarifa de
transporte público, por exemplo – atualmente o reajuste é apenas sugerido,
ficando a critério do prefeito acatar a sugestão ou decretar um novo valor.
Além do projeto em si, uma emenda aditiva também deve gerar discussão. O vereador George Luiz de Oliveira (PMN) sugeriu que as decisões referentes ao transporte público necessitem do ‘crivo’ da Câmara, que ficaria responsável por aceitar ou recusar o valor do Conselho. No entanto, a medida não foi vista com bons olhos, nos bastidores, pelos demais vereadores e deve ser recusada com ampla maioria dos votos.