Política
Rangel fará reforma administrativa para o próximo mandato
Prefeito estuda diminuir em 30% número de funcionários comissionados para conter os gastos da máquina pública e diminuir o "tamanho da máquina"
Afonso Verner | 07 de dezembro de 2016 - 06:40
Prefeito estuda diminuir
em 30% número de funcionários comissionados para conter os gastos da máquina
pública e diminuir o "tamanho da máquina"
A estrutura da Prefeitura de Ponta Grossa (PMPG) passará por
uma reforma administrativa para o próximo mandato do prefeito reeleito Marcelo
Rangel (PPS). De acordo com o prefeito, pelo menos cinco secretarias vão ser
acopladas a outras pastas, diminuindo a composição do Governo. Além disso, o
corte de comissionados pode chegar a 30% no Poder Executivo e algumas
secretarias importantes terão modificações em suas finalidades.
As informações foram passadas durante entrevista concedida à
Rádio CBN, no último sábado (03), ao jornalista Ney Hermann. A Secretaria de
Obras e Serviços Públicos vai ficar apenas como Secretaria de Serviços
Públicos, enquanto a Secretaria de Planejamento ficará como Secretaria de
Infraestrutura e Planejamento.
Mais do que a mudança de nomenclatura, a principal
modificação é na finalidade das pastas. Conforme Rangel, a Secretaria de
Serviços públicos será responsável por ações consideradas básicas, como o corte
de árvores e mato e o tapa-buracos, por exemplo, enquanto a Secretaria de
Infraestrutura e Planejamento vai englobar as obras mais complexas, como
asfalto – área que será encarada como prioridade ao longo dos próximos quatro
anos.
Sobrecarregada
Rangel explica que da forma como funciona atualmente, a
Secretaria de Obras e Serviços Públicos está sobrecarregada, pois cuida de um
montante de ações muito amplo, que vai desde o asfalto até a limpeza das vias
públicas, passando pela manutenção das estradas rurais. “Nós percebemos que
existem muitas reivindicações básicas que a Secretaria não consegue atender
porque divide o tempo com ações mais complexas. Por isso vamos separar bem
essas atribuições a partir do ano que vem”, argumenta Rangel.
Hoje, a Secretaria de Obras e Serviços Públicos tem à frente
Alessandro Lozza de Moraes e a Secretaria de Planejamento o engenheiro Ciro
Ribas. O prefeito não comentou se eles vão ou não permanecer no comando das
novas pastas, de Serviços Públicos e de Infraestrutura e Planejamento.
Fusões
Sobre as fusões de secretarias, autarquias e fundações,
Rangel disse que serão pelo menos cinco, mas que pode chegar a seis. Ele não
adiantou de quais se tratam. Porém, ressaltou que os estudos nesse sentido
estão adiantados.
O corte de comissionados, que a princípio deveria chegar a
20% de um total de quase 300 cargos, pode alcançar a marca de 30%. “Estamos
fazendo ajustes administrativos para que possamos passar da melhor forma por
esse momento de crise financeira. A ordem é cortar gastos, mas sem deixar de
atender bem a população”, comenta Rangel. As alterações devem passar pelo crivo
da Câmara antes de serem colocadas em prática.