Editorial
As dúvidas e as incertezas após o primeiro mês do novo pedágio
Da Redação | 06 de abril de 2024 - 01:45
O primeiro mês do novo pedágio foi marcado por reclamações,
congestionamentos e obras superficiais. Para o usuário de rodovias, sobram
dúvidas e incertezas se as novas concessionárias cumpriram rigorosamente o cronograma
de obras. A possibilidade de reajustes da tarifa, com índice acima do pactuado
em contrato, é outra preocupação.
Na última quarta-feira (3), a Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) e a concessionária EPR Litoral Pioneiro se
reuniram para fazer um balanço detalhado dos primeiros 30 dias da concessão das
Rodovias Integradas do Paraná, que abrangem centenas de quilômetros de estradas
estaduais e federais. Na reunião de acompanhamento e alinhamento, foram
apresentados os resultados iniciais das atividades operacionais e dos trabalhos
realizados pela concessionária nesse primeiro mês, além de um balanço com as
ocorrências do feriadão de Páscoa.
Para o bom acompanhamento dos contratos de concessões, novos
encontros deveriam ser realizados, não apenas com a ANTT, incluindo essas sabatinas
nos roteiros o Governo do Estado, com os setores produtivos e principalmente nos
municípios, oportunizando as lideranças políticas e empresariais, bem como aos
moradores, a realizam de questionamentos para o esclarecimento de dúvidas.
Neste encontro com a ANTT, chama atenção a quantidade de
intervenções realizadas no Lote 2. Entre os destaques, estão os reparos em 2,3
km de pavimento, aplicação de massa asfáltica em 23,5 km e 4.168 buracos
tapados. Além disso, foram instaladas 396 placas de sinalização vertical,
realizada a pintura de faixas em 87,4 km de estradas e limpeza de drenagem em
94 caminhões. A manutenção de obras de arte especiais (OAE) foi feita em 6
unidades, enquanto a roçada de áreas verdes alcançou 539 km. Também foram
instaladas defensas metálicas em 1.764 metros.
Na Assembleia Legislativa, percebe-se que poucos parlamentares
apresentam posicionamentos ativos quando o assunto é o pedágio. É importante
destacar as observações do deputado
Fabio Oliveira (Podemos), que
submeteu dois requerimentos
fundamentais em relação ao recente retorno da cobrança de tarifas nos pedágios do
Paraná, especificamente focando no pedágio localizado em São Luiz do Purunã,
trecho correspondente ao Lote 01 administrado pela concessionária Via
Araucária.
O retorno das
tarifas de pedágio no final do mês de março de 2024 tem gerado considerável
controvérsia e preocupação na sociedade, com destaque para os desafios
enfrentados pelos usuários que trafegam pelo trecho, especialmente antes da
serra de São Luiz do Purunã. Congestionamentos prolongados e tráfego intenso
têm sido frequentemente observados desde a reinstalação da cobrança.
Na mesma linha segui Luiz Claudio Romanelli (PSD), que
cobrou soluções para os graves problemas enfrentados por motoristas desde o
início da nova concessão. A situação mais crítica são as longas filas na praça
de cobrança de São Luiz do Purunã, por onde passa o fluxo do interior para a
capital e também no sentido inverso. Foram registrados mais de 10 quilômetros
de filas e horas de espera.
Cobrar eficiência das pedageiras é o mínimo a se fazer nesta
nova modelagem do pedágio no Paraná. Pedir a antecipação das principais obras é
outra necessidade. Os seis anos estipulados em contrato é muito tempo.