A sociedade precisa opinar

É preciso saber qual a opinião da sociedade sobre o funcionamento dos jogos de azar e a reabertura dos cassinos. O assunto, até o momento, levanta discussões no Congresso Nacional (Câmara e Senado), mas não evolui. Enquanto isso, o órgão repressor do Estado cumpre a rotina de identificar e fechar estabelecimentos que ofertam este tipo de serviço. Ontem, em Ponta Grossa, um bingão foi fechado na Rua Rio de Janeiro. Foram 50 pessoas conduzidas ao Fórum.

O assunto divide opiniões. Para alguns especialistas, a legalização irá liberar a exploração dos jogos de azar sem que nenhuma autoridade governamental controle essa atividade, fomentando assim práticas criminosas. Essa mesma legalização dos jogos teria “nefasto” impacto psíquico e sociofamiliar sobre o jogador contumaz e não produziria aumento de receita tributária nem fomentaria o turismo no Brasil, como alegam os defensores.

Os favoráveis à proposta citam que é justamente a legalização dos jogos de fortuna que acabará com os jogos clandestinos. Tornar transparente essa atividade em muito ajudará no combate à lavagem de dinheiro. A legalização também permitirá atendimento aos viciados em jogos que na clandestinidade de hoje não possuem saída alguma. Lavagem de dinheiro existe hoje porque tudo é feito às escondidas.

O Brasil, hoje, é um dos países em que mais se joga no mundo. O mercado clandestino movimenta aproximadamente R$ 20 bilhões por ano. A liberação garantiria mais dinheiro aos cofres públicos, além de gerar milhares de empregos. Existe, sim, uma "cortina de fumaça", como se o jogo já não fosse uma realidade.

A discussão  sobre o tema é importante. Avaliar os benefícios e os prejuízos é importante para a sociedade.