Editorial
O legado do ‘Mais Médico’
Da Redação | 29 de agosto de 2017 - 02:26
É importante reconhecer as virtudes do Programa Mais Médico, do Governo Federal, na proposta de reforçar e otimizar o atendimento na atenção primária. É uma experiência grandiosa e ousada política e tecnicamente. O programa foi um catalisador de um novo modelo de atenção. A população demostra grande satisfação do trabalho realizado pelos cubanos. Eles são afetivos, simpáticos e muito profissionais nas atividades que exercem.
O programa foi e continuará sendo importante para os municípios brasileiros, pois existia um problema de fixação de profissionais. Com o programa a população não ficará desassistida. Hoje são 80 médicos, destes, 60 são cubanos atendendo toda a população de Ponta Grossa. A partir da primeira semana de setembro estes intercambistas já estarão na ativa, atendendo a população nas UBS.
No ano passado, uma pesquisa nacional mostrou que para 85% a qualidade do atendimento médico ficou melhor ou muito melhor após a chegada dos profissionais do programa. Além disso, 87% dos usuários apontaram que a atenção do profissional durante a consulta melhorou e 82% afirmaram que as consultas passaram a resolver melhor os seus problemas de saúde.
Outras vertentes do programa são o investimento de R$ 5,6 bilhões para construção, ampliação e reforma de Unidades Básicas de Saúde (UBS), e R$ 1,9 bilhão para construir e ampliar Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). De acordo com o Ministério da Saúde, das 26 mil UBS que tiveram recursos aprovados, 20,6 mil (79,2%) estão em obras ou já foram concluídas, e 363 UPAS, de um total de 943, já foram concluídas.
Também pelo programa há a reestruturação e ampliação da formação médica no país, que até 2017 deverá abrir 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formar especialistas, até 2018, em saúde da família. O Ministério da Educação já autorizou a abertura de 4.460 novas vagas na graduação, sendo 1.343 em instituições públicas e 3.117 em faculdades privadas, principalmente em localidades do Norte e Nordeste, com escassez de profissionais.