O futuro das rodovias e das concessões

O portal aRede e o Jornal da Manhã iniciam hoje uma série especial de reportagens tratando da privatização das rodovias do Paraná, fazendo um recorte do volume de investimentos e instigando a sociedade a iniciar uma discussão sobre a concessão. Trata-se de um assunto de interesse coletivo, sobretudo por atingir uma grande parcela da população. Com a aproximação das eleições, no ano que vem, certamente pautará os candidatos que concorrerão ao governo do Paraná.

O tempo é curto. Por mais que o fim do contrato aconteça somente em 2021, caberá ao próximo líder do Poder Executivo estadual tomar a decisão. Como se não bastasse, o futuro governador ainda precisará negociar com o próximo presidente da república (também escolhido nas eleições de 2018) se o Paraná continuará ou não com as outorgas das rodovias federais - assunto crucial para o interesse da renovação por parte das concessionárias.

Como se não bastassem os avanços na infraestrutura e os inúmeros benefícios gerados na economia brasileira, é importante citar que os trabalhos das concessionárias ainda refletem em outros setores da sociedade. Os benefícios vão desde o aumento na arrecadação de impostos e aumento dos valores nos cofres públicos municipais, até a queda drástica do número de mortes nas rodovias.

Desde o início do cumprimento dos acordos entre empresas privadas do setor e o Estado, a CCR RodoNorte praticamente reconstruiu a malha viária da região, tornando-a o mais importante entroncamento rodoviário do Brasil e de todos os países pertencentes ao Mercosul. A empresa já destinou R$ 2,6 bilhões para melhorar as estradas. 

O investimento em rodovia trouxe diferentes tipos de benefícios. Reduziu acidentes, salvou vidas, otimizou a estrutura de socorro e ainda garantiu impostos para os cofres de dezenas de municípios. A questão é: o Estado tem poder de fogo para atingir esses índices?