Editorial
Uma política de segurança para PG
da redação | 25 de março de 2017 - 02:41
A insegurança nas ruas de Ponta Grossa atinge níveis preocupantes. O roubo, seguindo de tentativa de latrocínio, ocorrido ontem de manhã, na área central da cidade, é um dos tipos de crimes que poderiam ser evitados se o número de policiais fosse suficiente. Percebe-se a expansão dos conjuntos habitacionais, o crescimento da população, a industrialização, entre outros fatores de desenvolvimento, sem o imprescindível incremento da força policial.
Há 20 anos, aproximadamente, com uma população bem mais
modesta, Ponta Grossa contava com módulos da Polícia Militar em bairros
estratégicos (Oficinas, Jardim Carvalho, Uvaranas e Nova Rússia). Este sistema
possibilitava maior segurança aos bairros, inibia a ação de bandidos e proporcionava
um atendimento rápido à população. Todos tinham segurança.
Para economizar, o governo, ao longo dos anos, desmontou
esta estrutura, mas não criou mecanismos similares para impedir os índices de
crime e violência. Na década de 90 foi criado o Módulo Móvel que, por não
atender as expectativas da população e por ser oneroso aos cofres públicos,
teve vida curta.
Muito embora o governo defenda que módulos fixos são
ultrapassados e ineficientes, uma estrutura com viaturas, motos e policiais em
bairros estratégicos, inibiria a metade dos crimes. Isso é possível. O
investimento será alto, mas vidas serão salvos e patrimônios não serão levados
de moradores pelos criminosos.
Em Ponta Grossa, a estrutura de segurança se concentra na
região central. A base da 1ª Companhia, responsável pelo policiamento
preventivo e repressivo na cidade, está no Parque Ambiental. Os distritos
policiais, agregados à 13ª SDP, estão na área central (pelo menos a maioria).
Se essas unidades estivessem nos bairros, atenderiam melhor os moradores.
O Conselho Comunitário de Segurança precisa ficar atento
sobre a centralização da segurança. Importante também é criar um plano
específico de segurança considerando as particularidades de Ponta Grossa, como
relevo acidentado, grande entroncamento rodoviários e crescimento desordenado.