O protesto na rua e o oportunismo político

É oportuno ressalvar que, pela particularidade do ano (haverá eleições em outubro para a escolha de prefeito e vereadores), muitos políticos e seus beneficiários vão engrossar este ato, posicionando-se como os paladinos da Justiça, da moral e dos bons costumes. Estes devem ser ignorados, mesmo porque terão a intenção de campanha, apenas, e não contribuirão com o propósito do ato. A demagogia precisa ser veementemente tripudiada.

É oportunidade também para a população se deparar com esses políticos e cobrá-los sobre melhorias para as áreas de saúde, segurança, transporte, habitação e em infraestrutura. Ponta Grossa melhorou em muitos aspectos, nas últimas duas décadas, mas ainda é uma cidade com vários e graves problemas, que precisam de soluções imediatas. A população cobra. O poder público, por sua vez, é lento na resposta. Os vereadores, que deveriam trabalhar em atendimento às demandas do cidadão, muitas vezes preferem a omissão.

Os responsáveis por este movimento sustentam que a pressão popular pela saída da presidente afastada é importante para pressionar os senadores que votarão o impeachment. O impeachment teve fundamentação técnica e jurídica, mas, acima de tudo, o processo foi resultado de uma insatisfação coletiva. 

Muito embora essa seja a pauta principal, o cidadão consciente, formador de opinião e preocupado com o futuro do Brasil, precisa ir ao protesto para pressionar o atual presidente, Michel Temer, a efetivamente dar uma solução à crise econômica, com o alavancamento do PIB, derrubada da inflação e geração de empregos.