Dinheiro
Tecnologia é a grande aliada dos Engenheiros Agrônomos
Fernando Rogala | 11 de outubro de 2018 - 20:16
Nesta sexta-feira (12) é
comemorado o Dia do Engenheiro Agrônomo, profissional que presta
especial colaboração no desenvolvimento agropecuário e agroindustrial
Para atingir um agricultura cada
vez mais moderna e que propicie incrementos sustentáveis de produção são
necessárias estratégias pautadas em avanços de conhecimento e tecnológicos.
Estes têm sido alguns dos desafios dos Engenheiros Agrônomos, uma das
profissões mais antigas do mundo e que tem como foco a produção de alimentos e
o uso eficiente dos recursos naturais. Em um universo de 17 mil profissionais no
Estado, Ponta Grossa concentra quase mil agrônomos registrados junto ao
Crea-PR, sendo 700 em Ponta Grossa e os demais na região de Castro.
As mudanças tecnológicas
ocorridas nos últimos 10 anos ajudaram os profissionais a buscar resultados
mais eficientes no campo. Para o diretor técnico da Associação dos Engenheiros Agrônomos
dos Campos Gerais (AEACG), o Engenheiro Agrônomo Fábio Schmidt, as
mudanças mais relevantes ocorreram com o uso de imagens na agricultura, seja
por satélite, por imagens georeferenciadas (GPS) ou drones. “A tecnologia é
fantástica porque conseguimos, desta forma, corrigir pontualmente possíveis
falhas nas propriedades, gerando economia de insumos”, comenta.
Ainda conforme ele, as
modificações na última década impactaram também no sistema de produção de
alimentos, que antes era convencional e evoluiu para o plantio direto, por exemplo,
com enfoque mais sustentável e de preservação do meio ambiente, com produção
mais economicamente viável e com a preocupação do uso adequado de agrotóxicos.
A tecnologia também teve reflexo
na fiscalização da atividade. O Crea-PR, responsável por identificar os
negócios nos quais são desenvolvidas atividades que exigem a responsabilidade
técnica de profissionais de Agronomia, adotou um sistema de fiscalização
eletrônico. Conforme o gerente regional do Crea-PR em Ponta Grossa, Vânder
Della Coletta Moreno, a implantação do sistema Siagro, pelo governo do Estado,
permite que seja fiscalizada a prescrição de agrotóxicos pelos profissionais de
forma eletrônica. “Os receituários agronômicos contendo as recomendações
técnicas nos permitem identificar produtores, propriedades rurais e culturas
agrícolas existentes, facilitando muito nossas ações de fiscalização”, explica
o gerente.
Apesar de toda a tecnologia existente, o principal desafio da profissão, na visão do diretor técnico da AEACG, tem como foco duas esferas, que são a quantidade de alimentos disponíveis para a população – associada às questões de sustentabilidade - e a segurança da produção dos alimentos, dentro dos limites de resíduos preconizados pelos órgãos mundiais. “Cada vez mais o consumidor quer saber como e em quais condições os alimentos são produzidos”, pontua o diretor técnico da AEACG.
“A profissão do Engenheiro Agrônomo
é uma das mais antigas que existe. O Brasil já gerou muitas tecnologias que
foram adotadas no mundo inteiro. Exportamos para diversos outros países e as
mudanças ocorridas nos últimos anos ajudou na evolução da profissão, com a
produção de alimentos cada vez mais sustentável”, cita o agrônomo Schmidt.
Somente em 2017, de acordo com o Ministério da Agricultura, as exportações
brasileiras do agronegócio somaram US$ 96,01 bilhões, 13% a mais que o ano
anterior. Resultados expressivos obtidos graças à aplicação de muita
tecnologia.
Atualização
O Engenheiro Agrônomo
tem uma formação curricular bastante diversificada, o que permite atuar em
diversas áreas. As atividades envolvem a elaboração de projetos técnicos,
assistência técnica a campo, consultoria especializada, levantamentos
topográficos, atuação na agroindústria, pesquisa, extensão rural, docência em
instituições de ensino e empresas de treinamento especializado, direção de
empresas, comercialização de produtos agropecuários, dentre outras atividades.
Com o objetivo de atualizar os
profissionais com relação à nova realidade, a AEACG disponibiliza diversas
ferramentas aos associados, como cursos de pós-graduação e a promoção de
simpósios, como o que está previsto para novembro, com o objetivo de mostrar os
desafios da profissão frente às necessidades do mercado.
“Temos uma região difusora de
tecnologia, com muitas instituições de ensino e de pesquisa, sejam elas privadas
ou governamentais, trabalhando com isso, como a UTFPR, a UEPG, o Iapar, a
Embrapa, entre outras. O volume gerado de conhecimento é grande e precisamos
atualizar constantemente os profissionais da área sobre essa nova realidade”,
diz Schmidt.
Sobre o Crea-PR
O Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia do Paraná (Crea-PR), criado no ano de 1934, é uma autarquia
responsável pela regulamentação e fiscalização dos profissionais da empresa das
áreas da engenharias, agronomias e geociências. Além de regulamentar e
fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de atualização profissional, primando
sempre pela qualidade na prestação dos serviços prestados.
Informações da Assessoria de Imprensa