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Produtores de feijão registram perdas na região

Chuva em excesso na hora da colheita do feijão deverá trazer uma quebra superior a 10% na produção nesta safra. Alguns tiveram perda total

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O excesso de chuvas, registrado no final do mês de dezembro, trouxe grandes impactos aos produtores de feijão na região dos Campos Gerais. Apenas entre os dias 23 e 30 de dezembro foram registrados volumes de até 240 milímetros em algumas áreas da região, valor 60% superior ao total esperado para o mês inteiro (150 milímetros). Como essa água toda veio no momento da colheita, as perdas foram inevitáveis. Em algumas propriedades, nos municípios mais ao norte da região (como Ventania e Tibagi, por exemplo), houve perda total. Com isso, a redução na produção será na casa dos dois dígitos, segundo informações do núcleo regional do Departamento de Economia Rural (Deral) nos Campos Gerais, sediado em Ponta Grossa, vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento. 

Conforme explica o economista do Deral na região, Luiz Alberto Vantroba, os indícios de que a produção desse ano não seria das melhores vieram já no início do plantio. “Foram várias etapas problemáticas. Já no início houve a falta de chuva em setembro. Já em outubro a chuva e as baixas temperaturas afetaram o desenvolvimento. E agora em dezembro, na hora da colheita, a cultura novamente foi afetada”, relata. O Deral ainda está realizando um levantamento e não há resultados referente às perdas, mas Vantroba acredita em algo entre 10% e 15%. Porém, com as etapas anteriores afetadas, a produtividade por hectare deverá ser menor. “Saímos de uma média de 2,2 mil quilos por hectare e já estão falando entre 1,5 mil quilos por hectare e 1,8 mil quilos por hectare”, alerta.

Tudo isso afeta na planta e na gramatura do grão. “Ocorreu uma perda de qualidade. E com essas chuvas, ocorreu a germinação do grão na própria planta”, informou Vantroba. Em relação às áreas que registraram perda total, mais ao norte da regional, o economista assegura que são poucas áreas. “Em algumas áreas a perda foi total, porque era o momento da colheita e o pessoal não conseguiu colher, por pegar bem nas chuvas, do dia 22 em diante. Como ficaram muitos dias de umidade, a planta não resistiu”, explicou o especialista. Segundo Vantroba relatou, a média de chuvas registradas no mês de dezembro, nas 28 estações meteorológicas da Fundação ABC, espalhadas por diversos municípios dos Campos Gerais, foi de 277 milímetros, sendo que a média mensal é de 150 mm. 

Como a qualidade baixou, assim como o preço não está favorável aos produtores, muitos agricultores deverão, assim que terminar de colher essa primeira safra de feijão, optar pela soja, ao invés de ir para a segunda safra do feijão. “O plantio da soja foi prorrogado até o dia 14 de janeiro, em função do atraso do início do plantio. Então muitos vão aproveitar esse prolongamento, já que o preço do feijão não está muito bom”, conclui. Até o momento, cerca de 40% do feijão de primeira safra plantado na região já foi colhido.

Soja e milho estão em boas condições de desenvolvimento

Se os produtores de feijão amargam perdas e não estão nada satisfeitos com essa safra, quem colheu soja está otimista para mais uma grande safra. Segundo Vantroba, até o momento, as condições climáticas estão favoráveis para o desenvolvimento do cultivo, que agora está, em sua maioria, em fase de floração e frutificação. “A soja teve problemas no início, na germinação. Mas hoje apresenta em um estado bom, com vigor e porte. Não dá para dizer que vai alcançar os níveis da safra anterior (supersafra), mas está prometendo. Choveu bem e há uma boa umidade no solo, que favorece o desenvolvimento”, disse. Porém reconhece que muita coisa pode acontecer, como uma escassez de chuva em algumas semanas. 

Já o milho, segundo Vantroba, está bem em sua maior parte. “Já passou a fase crítica, e grande parte está em formação de grãos. Teve um desenvolvimento menor, porque o clima não foi ideal no início do plantio, e isso deve impactar na produtividade, mas a colheita já está praticamente garantida”, ressalta. 

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