Gasolina sobe quase 14% em PG desde junho

Pela primeira vez a média do preço da gasolina passou dos R$ 4 reais em Ponta Grossa. O último levantamento de preços realizado no município, na semana passada, pela Agência Nacional do Petróleo, a ANP, aponta que o litro do combustível é comercializado a R$ 4,06, em média. Desde a mudança da política da Petrobras, que agora se baseia no mercado externo e realiza atualizações de preços diárias, assim como da alteração na alíquota do PIS/Cofins, a gasolina sofreu um reajuste de 13,72% em Ponta Grossa – até junho, o preço cobrado, em média, pelos postos, era de R$ 3,57. O diesel também foi impactado por essas duas medidas, registrando um aumento de 11,9% no período, ao saltar de R$ 2,77, em média, para R$ 3,10, o litro.

No caso da gasolina, entre os 15 municípios pesquisados pela ANP na última semana de novembro, Ponta Grossa está entre os que comercializam o combustível pelo menor preço. Nove delas vendem mais caro, enquanto que cinco mais barato. O preço médio mais caro no Estado foi registrado em Cascavel, R$ 4,27; enquanto que o mais barato em São José dos Pinhais, a R$ 3,84 o litro. Em Ponta Grossa, entre os quinze postos pesquisados, o preço apresenta variação entre R$ 4,02 e R$ 4,11. Entre os pesquisados, o Posto que vende a gasolina mais cara no Estado está em Pato Branco: R$ 4,45 o litro da gasolina comum. 

Os donos de postos de combustíveis afirmam que essas alterações, que fizeram com que o combustível encarecesse, não são positivas para o setor. Dolcir Terra, proprietário de um posto de combustível em Ponta Grossa (Posto Independência), afirma que o impacto foi grande, não só nas vendas, mas também no hábito do consumidor. “As pessoas estão andando no limite do combustível, perto de chegar na reserva. Antes, o cliente chegava no posto na segunda e colocava R$ 100. Hoje eles colocam R$ 10 na segunda, R$ 10 na terça, R$ 20 na quarta...”, exemplifica. O volume de vendas, segundo ele, caiu na casa dos dois dígitos. “Estão deixando de andar de carro, preferindo andar a pé, de bicicleta ou pegando ônibus”, completa.

Abastecer com gasolina segue mais vantajoso do que com etanol

O preço médio do etanol também subiu nesse período. Como não há a influência do mercado exterior, nele impactaram a entressafra e o aumento na alíquota do PIS/Cofins. Com isso, os R$ 2,71 cobrados pelo litro em junho saltou para R$ 2,91 na semana passada. Apesar de estar abaixo dos R$ 3, aos proprietários de carro flex, a gasolina ainda compensa mais – o etanol teria rendimento superior se custasse abaixo de R$ 2,84. “O mix de vendas mudou e aumentou a venda do etanol. Por ter um custo menor na hora de abastecer, há a sensação de que está gastando menos, mesmo precisando voltar ao posto mais vezes”, alerta Dolcir Terra.