Dinheiro
Arrecadação federal cresce 17,3% na região
Alta de 17,3% é real, já descontada a inflação do período. Incremento foi superior à média estadual e nacional
Fernando Rogala | 20 de outubro de 2017 - 03:23
A economia regional está apresentando sinais de aquecimento
em todos os setores. Números da arrecadação de tributos federais, revelados
pela delegacia da Receita Federal do Brasil em Ponta Grossa, aponta que a
região obteve um crescimento acima das médias estadual e nacional, com índices
que colocam a regional como destaque nacional. Crescimento observado em vários
indicadores, que mostram crescimento no consumo e na lucratividade das empresas,
por exemplo. Esta reação econômica, aliada com outros fatores, fez com que o
valor arrecadado pela delegacia regional, que engloba 61 municípios, saltasse
de R$ 292 milhões em setembro de 2016 para R$ 351 milhões em setembro deste,
uma alta nominal de 20,3%. Já descontada a inflação, o crescimento foi de 17,3%.
O delegado da Receita Federal do Brasil em Ponta Grossa,
Gustavo Horn, justifica esse crescimento a três outros fatores. “Primeiro é a
base fraca do ano anterior; segundo é que a região tem dado um ótimo resultado
em relação a ações que temos adotado; e terceiro é um pouco da influência da
arrecadação do PERT (Programa Especial de Regularização Tributária), que
impacta positivamente na arrecadação”, enumera Horn. Ainda assim, os números
regionais representam mais que o dobro da média estadual (9,26%, em termos
nominais) e quase 10% a mais que a média nacional (11% em números nominais).
O Imposto de Renda (IR) foi um dos tributos que teve o maior
incremento mensal, de 40%, na comparação com 2016. Os R$ 41,3 milhões
registrados em setembro do ano passado saltaram para R$ 58 milhões no mês
anterior. “O IR está relacionado mais a lucratividade da empresa. É sinal que a
empresa está pagando o imposto sobre o lucro que entra na empresa ou novos
investimentos”, revela Horn. PIS e Cofins também tiveram alta de dois dígitos. “Este
é um indicativo da atividade econômica, já que mostra o consumo”, completa,
lembrando que este incremento regional não está relacionado com a alta da
alíquota nos combustíveis, já que este impacta nas cidades que têm refinarias.
Na comparação com outras regionais dentro do Paraná, a
delegacia de Ponta Grossa apresentou o maior crescimento. “Percentualmente, tivemos
o maior acréscimo de arrecadação das unidades do estado voltadas a produção”,
explica Horn. No Estado são oito unidades, mas nesta conta não estão as
unidades de Curitiba e de Paranaguá, já que possuem outros parâmetros por terem
o desembaraço mercadorias estrangeiras, onde há a tributação na alfândega pelas
importações.
Mais de 20 empresas recolheram mais de R$ 1 milhão em algum tributo
Um dado interessante da arrecadação, observa Horn, é o valor
dos recolhimentos. Se em setembro de 2016 foram 16 recolhimentos superiores a
R$ 1 milhão de um tributo específico de um contribuinte, neste mesmo mês em
2017 houve um incremento de 50%, passando para 24 recolhimentos superiores a R$
1 milhão. Dois deles esteve relacionado ao Programa de Regularização
Tributária, cujo prazo de adesão foi prorrogado até o último dia deste mês,
terça-feira, dia 31.
No acumulado do ano, a arrecadação de tributos federais se
aproxima de R$ 3 bilhões junto aos 61 municípios da regional em Ponta Grossa. O
valor arrecadado até o último dia de setembro deste ano é de R$ 2,9 bilhões,
montante 10,45% superior ao acumulado no mesmo período em 2016 (R$ 2,62 bilhões).