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Produção de grãos na região terá produtividade recorde nesta safra

Com quase metade da safra de verão colhida na região, rendimento do milho e da soja apresenta resultados acima da média estadual

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Com quase metade da safra de grãos colhida na região dos Campos Gerais, o levantamento do núcleo regional do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento, mostra um rendimento recorde nas duas principais culturas: na soja e no milho. Em ambos os casos, a produtividade está acima da média estadual. Além da tecnologia aplicada, e das variedades de sementes, o principal fato que contribuiu para a confirmação da ‘supersafra’ foi o clima favorável. Tanto na hora do desenvolvimento, quanto na colheita. 

Até o momento, explica Luiz Alberto Vantroba, economista do Deral na região, foram colhidos 75% da área plantada do milho e 30% da área da soja. Em números totais, isso representa 45,5% da produtividade regional, ou seja, 1,4 milhão de tonelada dos 3 milhões de toneladas previstos. “O pessoal fez o plantio dentro das recomendações e ainda conta com um clima favorável, que ajudou também na colheita. Estamos com grande movimentação de máquinas no campo e grandes filas nos locais de recebimento. Na soja estamos no pico da colheita”, revela.

No caso da soja, a produtividade foi estimada inicialmente em 3,6 mil quilos por hectare. Agora, com esse total já colhido, foi constatada uma elevação nesse valor, que já atinge a marca de 3.750 quilos por hectare, quase 100 quilos a mais que a média estadual (3.655). “E tem vários produtores colhendo em torno de 200 sacas por alqueire, o que representa quase 5 mil quilos por hectare. As cooperativas estão colhendo mais de 4 mil quilos por hectare. E, com todo mundo que a gente conversa, é uma unanimidade: não vemos ninguém dizendo que está colhendo menos que o esperado”, completa o economista.

No caso do milho, a estimativa inicial era de 10 mil quilos por hectare. Esse valor, porém, já saltou para 10,7 mil quilos, montante 16% superior à média estadual, de 9,2 mil quilos por hectare. No ano passado a média na região ficou em 8,4 mil quilos. “Para o milho também foi favorável. É um cultivo que gosta de temperaturas altas no dia e amenas pela noite, e foi o que aconteceu na primavera. Então também será outro recorde de produção”, atesta Vantroba. No caso do feijão de primeira safra teve rendimento de 1,9 mil quilos por hectare, e, nesta segunda safra, deve chegar a 2,1 mil.

O produtor rural Gustavo Ribas Netto, que também é presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa e do Núcleo Sindical Rural dos Campos Gerais, confirma que há esse registro de rendimento recorde por hectare. “A produtividade está realmente com volumes recordes, no milho, na soja e no feijão. O clima bom, e o plantio direto, com a conservação do solo, permitiram alto potencial produtivo. Nosso histórico é de rendimentos bons, mas como esse, acredito que nunca tivemos”, completa.

Preços não agradam

Apesar do rendimento e produtividade recorde, os preços não estão agradando o setor. “O que pega para os produtores são os preços. Nossa safra era para ter valorização com o fim de safra americana, mas não isso que aconteceu”, revela Ribas Netto. Vantroba afirma que, no caso da soja, por exemplo, nas vendas futuras, houve o comércio da saca entre R$ 85 e R$ 95, mas hoje os preços estão entre R$ 59 e R$ 62.

Estimativa estadual é elevada

A Secretaria da Agricultura e Abastecimento elevou novamente a projeção de produção de soja para a safra 2016/17, que deve ultrapassar as expectativas anteriores. A reavaliação de safra feita pelo Deral constatou que o clima foi excepcional e, com isso, a nova projeção aponta para um volume de 24,2 milhões de toneladas, 19% acima da safra anterior. Para o secretário da pasta, Norberto Ortigara, as novas estimativas para a safra de verão 2016-2017 confirmam a eficiência dos produtores rurais paranaenses. “Esse processo constante de capacitação e aprimoramento tecnológico reduz o risco e se traduz em produtividade e qualidade, características presentes em toda cadeia produtiva do setor agropecuário paranaense”, afirmou.

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