PUBLICIDADE

Finados é dia de reflexão, de saudade e esperança

Imagem ilustrativa da imagem Finados é dia de reflexão, de saudade e esperança

Por Gilmar Cardoso

“Aquele que visita um túmulo apenas manifesta, por essa forma, que pensa no Espírito ausente. A visita é a representação exterior de um fato íntimo. Já dissemos que a prece é que santifica o ato da rememoração. Nada importa o lugar, desde que é feita com o coração." ("O Livro dos Espíritos")

Nós, católicos, associamos o mês de novembro às almas do Purgatório. O dia 2 é para todos nós um momento de sentir saudades. Para os que creem, é um dia especial de esperança na vida eterna. A Igreja ensina que vivos e defuntos são ligados em três diferentes níveis de vida: Igreja militante, padecente e triunfante.

Você e eu, aqui na Terra, fazemos parte da Igreja militante.

A Igreja padecente, de que nos lembramos especialmente no dia 2 de novembro, são as almas do purgatório. O purgatório é o estado dos que morrem na amizade de Deus, mas, embora certos de sua salvação eterna, tem ainda necessidade de purificação para entrar na bem-aventurança celeste" (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, nº 210).

Podemos ajudar as almas do purgatório com orações, Missas e boas obras, alcançando, assim, indulgências para elas. Indulgências é "a remissão diante de Deus da pena temporal merecida pelos pecados" Compêndio do Catecismo, nº 312).

A Igreja oferece indulgências pelos infinitos méritos de Jesus Cristo.

A Igreja triunfante é o Céu. Os Santos vêem Deus face a face. É o estado das pessoas totalmente felizes no Amor, com nenhum sinal de ódio, inveja, orgulho, egoísmo, mentira, etc. Só Deus é Santo em sentido pleno. Assim, a Bíblia diz: "Deus não nos chamou à impureza, mas à santidade" (1Ts 4,7).

Nós Igreja Militante, padecente e triunfante, estamos todos ligados. Pedimos a intercessão dos Santos e rezamos pelas almas do purgatório. Eles, por sua vez, intercedem por nós.

Milhões de pessoas em todo país, nesta segunda, 2 de novembro –Dia de Finados, irão reverenciar seus antepassados fazendo uma visita aos cemitérios de milhares de cidade no Brasil. Já no século V, um dia do ano era dedicado para rezar por todos os mortos. A igreja rezava por aqueles que ninguém mais lembrava. Exatamente no século X, a Igreja Católica estabeleceu um dia oficial para os mortos (Dia de Finados). Foi a partir do século XI, que os papas Silvestre II, João XVII e Leão IX passaram a forçar a comunidade a dedicar um dia aos mortos. Mas a morte é realmente o fim de tudo?

Muitas pessoas preferem não pensar na morte. Mas a realidade da morte nos obriga a pensar nisso mais cedo ou mais tarde. A vida humana é muito frágil. Todos os humanos, sem exceção, estão sujeitos à morte, e essa realidade amedronta a muitos. Independentemente das crenças religiosas, a ideia de que a morte é o fim absoluto da vida deixam as pessoas ansiosas e com medo, a ciência aumenta esse medo ainda mais. Afinal, grande parte das funções do corpo humano pode agora ser explicada em termos científicos. Com certeza nenhum biólogo, físico ou químico encontrou dentro de nós alguma prova de que exista uma entidade invisível capaz de sobreviver à morte do corpo físico. Assim, muitos cientistas definem a morte humana como um simples processo biológico.

Mas nem todos pensam assim. A morte de um ente querido nosso não significa o fim, pois eles permanecem em nossas memórias e corações enquanto existirmos. Nós cristãos, em sua grande maioria, acreditamos na ressurreição, e essa crença dá a esperança a bilhões de pessoas no planeta Terra de que um dia irão encontrar seus pais, parentes e amigos e com eles confraternizarem a vida. Independente de religião, esse dia serve para refletirmos, “todos nós somos iguais perante a morte, sejamos ricos, pobres, baixos, altos, gordos ou magros, etc.” E que hoje, também, não seja praticada a hipocrisia que muitos demonstram, chorando no túmulo de parentes, que muitas vezes não se gostavam ou que foram abandonados por esses. Esse dia é para lembrarmo-nos de um provérbio chinês que diz: “Ao término do jogo,o rei e o pião voltam para mesma caixa.” Pois como diz a Bíblia, “do pó vieste, ao pó retornarás.” E que vivamos intensamente essa curta vida que se parece a uma peça de teatro, que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance, ria e viva plenamente antes que a cortina se feche, e a peça termine sem aplausos. Ó Meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem!

* Gilmar Cardoso, advogado, poeta, membro do Centro de Letras do Paraná e da Academia Mourãoense de Letras - AML

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MAIS DE DEBATES

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

DESTAQUES

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MIX

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE