Cotidiano
Colégio estadual de PG terá obras retomadas
Governo retoma construção de escolas que estavam paralisadas pelas ações da Operação Quadro Negro
Da Redação | 11 de dezembro de 2018 - 00:26
Governo retoma construção de escolas que estavam paralisadas
pelas ações da Operação Quadro Negro
O Governo do Paraná retomou todas as obras de infraestrutura
dos colégios estaduais que foram paralisadas em virtude das ações da Operação
Quadro Negro. O investimento de R$ 38,5 milhões vai garantir a continuidade dos
projetos e contribuir com a melhora do ensino na rede estadual. O Colégio
Estadual Francisco Pires Machado, no bairro do Cará-Cará em Ponta Grossa, é uma
destas unidades.
A retomada das obras está sendo acompanhada pelo Ministério
Público. Do total de 15 escolas, três já foram concluídas. Outras duas têm
previsão de serem finalizadas ainda em dezembro. Nos primeiros meses de 2019
serão terminadas mais seis. Uma obra será feita em parceria com a prefeitura de
Campina Grande do Sul.
“A determinação da governadora Cida Borghetti foi dar maior
agilidade e transparência possível nestes processos e é isso que estamos
fazendo”, informa a secretária estadual da Educação, Lucia Cortez.
Duas obras estão em fase de rescisão de contrato porque as
empresas vencedoras não cumpriram as obrigações: a Escola Estadual Professor
Wiliam Madi, em Cornélio Procópio, com cerca de 25% da obra já realizada; e o
Colégio Estadual Francisco Pires Machado, em Ponta Grossa, com 27,9%. O Centro
Estadual de Educação Profissional de Campo Largo, na Região Metropolitana de
Curitiba, também terá novo processo de licitação.
No momento, a construção em Ponta Grossa passa pelo processo
de rescisão contratual com a atual empresa responsável pela obra. Após vistoria
feita pelo setor de engenharia do Núcleo Regional de Educação (NRE) no dia 23
de novembro, o órgão iniciou o pedido de quebra do vínculo por ter visto o
estágio da construção sem andamento. O valor do contrato vigente iniciado em
março deste ano é de R$ 2,315 milhões e tinha previsão inicial de entrega para
dezembro deste ano.
O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional
Fundepar está trabalhando diuturnamente para entregar as obras. “É um
compromisso que foi retomado não apenas com as escolas, mas com a sociedade
paranaense. Estamos buscando finalizar essas obras da maneira mais rápida,
eficiente e responsável, obedecendo à legislação”, ressaltou o
diretor-presidente do órgão, José Roberto Ruiz.
Empresa tinha quatro obras em PG
A Valor Construtora e Serviços Ambientais, empresa
fiscalizada durante a Operação, tinha quatro obras em andamento junto a
Prefeitura de Ponta Grossa, com um valor total firmado de R$ 6,3 milhões,
segundo informações obtidas nos contratos 540/2013, 602/2013 e 603/2013. A
Prefeitura chegou a pagar mais de R$ 2 milhões para a empresa, segundo a
assessoria de imprensa da Prefeitura, e nenhuma das obras foi concluída. Só para
a construção do novo bloco no colégio, o poder público municipal pagou para a
construtora de R$ 1.516.673,45. Segundo cálculos do Ministério Público do
Paraná (MP), o montante desviado em todo o estado ultrapassa R$ 20 milhões.