PUBLICIDADE

Safra de grãos tem quebra de 12,6% nos Campos Gerais

Produtividade teve baixa devido ao fenômeno climático ‘el niño’, que atrasou o plantio e dificultou os cuidados, o que propiciou muitos focos de ferrugem asiática

Imagem ilustrativa da imagem Safra de grãos tem quebra de 12,6% nos Campos Gerais
-

A produtividade de grãos ficou aquém do esperado nesta safra 2015/2016 na região dos Campos Gerais. Nos municípios englobados pela sede regional do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (SEAB), houve uma queda na produção e na produtividade dos três principais cultivos na região: soja, milho e feijão. O clima irregular, resultante do fenômeno climático ‘el niño’ foi a causa principal dessa quebra, que chegou a 12,67% em volume produzido. A 1ª safra (de verão) desses grãos já foi 100% concluída nos Campos Gerais.

“Foi uma safra tumultuada, porque houveram vários eventos climáticos provocados pelo ‘el niño’, como muita chuva, muito vento e dias nublados. Isso afetou a produção, ora por atraso no plantio, ora pela falta de sol para a realização da fotossíntese”, explica Luiz Alberto Vantroba, economista do Deral na região.

A maior quebra ficou com o milho. Já iniciando a produção com uma redução de 24% na área plantada em relação à safra passada (de 98,2 mil hectares para 74,8 mil hectares), a retração na produção em relação ao ano passado foi de 35%. Mesmo sendo a área mais representativa entre todos os núcleos regionais do Deral, representando 19% do total produzindo no Estado, a produção foi de a 633,1mil toneladas (na safra passada foi de 970 mil). Isso é resultado de uma baixa na produtividade de 14% em relação a 2015. A expectativa era de colher 10 mil quilos por hectare, mas foram obtidos 8.460, baixa de 15,4%. “O grão deu menor. Mas, na cotação do SIMA deste dia 16 de maio, o milho hoje é vendido entre R$ 43 e R$ 44. Mas no dia 18 de maio de 2015 era cotado a R$ 23. Então, apesar da queda, não deixou de ser uma boa safra em termos de preço”, explica o economista.

Na soja a área plantada foi recorde: passou de 533,7 mil hectares para 558,2 mil hectares (alta de 5%). Mas nem isso foi capaz de fazer com que o volume colhido neste ano fosse superior ao do ano anterior. A expectativa era de colher 3,6 mil quilos por hectare, mas o valor obtido foi de 3.414. “Então aí dá uma baixa de 5,5%. Em valores, com uma perda de 200 quilos, que correspondem a pouco mais de três sacos, dá cerca de R$ 225 de perda por hectare”, diz. Assim, a colheita recorde, de superar a marca de 2 milhões de hectares, foi frustrada, reduzida a 1,90 milhão de toneladas – inferior ao 1,93 milhão colhido em 2015. “Isso se deu ao atraso no plantio devido ao clima e pela ferrugem no final que atacou violentamente. Quem não fez o controle adequado sofreu”, diz Vantroba.

O feijão teve uma redução de 2% na área plantada. Somada com uma baixa de 8% na produtividade, de 1,92 mil quilos por hectare para 1,77 mil quilos por hectare, a baixa na produção foi de 11% ao cair de 74,3 mil toneladas para 83,2 mil toneladas.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MAIS DE SAFRA

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

DESTAQUES

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MIX

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE