Dinheiro
Com novo frigorífico, PR deverá se tornar líder em carne suína
Hoje, o Paraná já tem o maior rebanho do País, com 7,13 milhões de cabeças, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Da Redação | 18 de outubro de 2017 - 01:08
Hoje, o Paraná já tem o maior rebanho do País, com 7,13 milhões de
cabeças, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE)
O novo frigorífico de suínos que a Frimesa vai construir em
Assis Chateaubriand, na região Oeste, deverá levar a produção de suínos do
Paraná a um novo patamar, nos próximos anos. A solenidade de lançamento da
pedra fundamental do empreendimento será nesta quinta-feira (19).
Hoje, o Paraná já tem o maior rebanho do País, com 7,13
milhões de cabeças, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). O município de Toledo, também no Oeste, lidera o ranking
nacional, com 1,18 milhão de cabeças.
Em produção de carnes o Paraná está em segundo lugar, com
21% de participação, atrás apenas de Santa Catarina, com 26%. A expectativa é
que, como o novo projeto, o Estado passe a ser também o maior produtor.
Atualmente o setor envolve 135 mil produtores no Estado e
gera cerca de 200 mil empregos diretos, de acordo com números do Departamento
de Economia Rural (Deral) ligado à Secretaria da Agricultura. A atividade
movimentou, no ano passado, R$ 4,7 bilhões em Valor Bruto da Produção (VBP),
6,1% mais do que em 2015.
CRESCENDO -
O frigorífico da Frimesa, que poderá abater até 15 mil cabeças de suínos por
dia até 2030, será o maior frigorífico da América Latina. “O Paraná vem
aumentando sua participação na cadeia de suínos ano a ano e deve dar um novo
salto nos próximos. Com isso ele deve rapidamente ultrapassar Santa Catarina”,
diz Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Instituto Paranaense de
Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), ligado à Secretaria de Planejamento
e Coordenação Geral.
Entre 2010 e 2016, o número de cabeças de suínos aumentou
39,9% no Estado. No fim de 2010, o Estado detinha o terceiro maior rebanho do
País, com 5,1 milhões de cabeças (13,1% do total). Em 2014, passou para
primeiro lugar, com 6,39 milhões de cabeças (16,9%) e no ano passado aumentou
sua participação para 17,8%, ou 7,13 milhões de cabeças.
INTEGRAÇÃO -
A exemplo do que ocorreu com a produção de frangos – setor em que o Paraná já é
líder nacional - a cadeia integrada, a forte presença das cooperativas e a
produção de grãos no Estado vêm ajudando a impulsionar a produção de suínos.
“De um lado há o pequeno produtor, tecnificado, que facilita
o sistema de integração com os frigoríficos; de outro há o forte sistema
cooperativista paranaense e a produção de milho e soja, que serve de insumos
para a criação. Esse ambiente vem facilitando o desenvolvimento da atividade no
Estado”, diz Suzuki Júnior.
ENTRE OS MAIORES -
O Paraná tem cinco municípios entre os 20 maiores criadores de suínos do País –
além de Toledo, na primeira colocação, Marechal Cândido Rondon (4ªcolocação),
Nova Santa Rosa (12ª), Entre Rios do Oeste (16ª) e Castro (18ª).
O volume de abates entre 2010 e 2016 cresceu 46,3%, de 531,5
mil toneladas (para 777,7 mil toneladas). No primeiro semestre de 2017 foram
394,3 mil toneladas, 21% do total no Brasil.
EXPORTAÇÃO -
A carne suína é a mais consumida no mundo e boa parte da produção do Estado tem
como destino as exportações, de acordo com Edmar Gervásio, técnico responsável
pela área no Deral. Em 2016, as exportações somaram 93,75 mil toneladas, 45,5%
mais do que as 64,45 mil toneladas registradas no ano anterior.
Em valor, a alta foi de 33,2%, de US$ 147,8 milhões para US$
196,9 milhões. Hong Kong é destino de quase metade das exportações de suínos do
Paraná, seguida pelo Uruguai, Argentina e Cingapura.
Informações Agência de Notícias do Paraná