Dinheiro
Imposto sobe e litro da gasolina pode superar R$ 4 em PG
Reajuste do tributo PIS/Cofins impactará em uma alta de R$ 0,41 no preço do litro gasolina
Fernando Rogala | 21 de julho de 2017 - 04:21
Dentro dos próximos dias os motoristas pagarão mais caro pela gasolina e pelo diesel. Foi confirmado, pelo Governo Federal, o aumento do tributo incidente, o PIS/Cofins sobre esses combustíveis, cuja alíquota será aumentada em mais de 100%. no caso da gasolina. Tudo com o objetivo de compensar a perda de arrecadação prevista até o final
deste ano, aumentando em R$ 5,9 bilhões o orçamento. Em nota divulgada pelos
ministério da Fazenda e do Planejamento, o Governo revela que a alta deverá
representar, ao consumidor final uma alta de R$ 0,41. Na gasolina. No diesel
também haverá incremento, de aproximadamente R$ 0,21.
Levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) revela
que o preço médio da gasolina comum em Ponta Grossa está na casa dos R$ 3,53, o
que representaria um aumento para R$ 3,94. Na pesquisa feita na semana passada,
mostra que o preço desse combustível pode até chegar a R$ 4,20 em um dos postos
da cidade, onde o litro é vendido a R$ 3,79. Segundo informou o governo, a
alíquota PIS/Cofins que hoje é de 0,38 na gasolina saltará para 0,79. Já no
diesel passará de 0,24 para 0,46. Com isso, neste último caso, os proprietários
de veículos diesel (o que inclui os caminhões e o setor do transporte) pagarão
quase R$ 3 o litro – atualmente pagam, em média, R$ 2,75.
Para o vice-presidente da Associação dos Operadores dos
Postos de Combustíveis de Ponta Grossa e Região, Hélio Sacchi, o reajuste não é
favorável para ninguém. Nem para o consumidor, que poderá reduzir o consumo,
nem para os empresários, que necessitam de mais recursos para a compra dos
produtos. “É muito ruim porque o combustível já está caro. E isso exige mais capital
de giro do empresário. O valor da carga e o que está nos tanques para atender
fica bem mais caro”, explica.
Não há ainda a informação de quando esse aumento entrará no
Diário Oficial e começará a valer, mas nesta sexta-feira mais informações serão
reveladas pelo Governo. Caso venha a ser oficializado nesta sexta, o reflexo
nas bombas deverá ser sentido já na segunda-feira. “Os proprietários dos postos
deverão repassar apenas quando a distribuidora repassar. Até vender o estoque e
entrar o novo, isso deverá ocorrer entre dois a três dias depois do anúncio”,
adianta.
Com a veiculação dessa informação por parte da mídia, o
movimento já aumentou nos postos, segundo Sacchi. “Já está acontecendo fila em
alguns postos. Mas ainda há bastante estoque para atender todos”, garante. Além
disso, até o final do ano, há a perspectiva de que haja uma maior incidência de
um outro imposto, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE).
Com isso, a carga tributária poderá ficar ainda maior até o final do ano, em
uma alta de R$ 0,10 o litro.