Dinheiro
Produtor de PG conhece tecnologia renovável na Europa
Viagem técnica à Europa foi viabilizada pela FAEP para produtores do Paraná conhecem o sistema de geração de energia renovável através do biogás
Fernando Rogala | 17 de junho de 2017 - 02:38
O presidente do Sindicato Rural de Ponta
Grossa e do Núcleo Sindical Rural dos Campos Gerais, Gustavo Ribas Netto, faz viagem
técnica promovida pela FAEP para conhecer novas tecnologias sobre energia
renovável utilizada na Europa. A viagem é de duas semanas e produtores de
diversas cidades do Paraná tem a oportunidade de trocar experiências com
produtores europeus, para conhecer como as propriedades rurais do outro
continente trabalham para produzir alimentos e transformar resíduos sólidos e
líquidos em energia renovável.
Ribas Netto, relata que a primeira visita
ocorreu na Alemanha e na Áustria e comprova que existe um potencial enorme para
aproveitar o resíduos pra produzir energia. “A Alemanha aproveita os resíduos e
também utiliza, o que hoje para nós são insumos, entre eles, milho, trigo,
cevada, aveia, para gerar energia. Já na Áustria é um pouco diferente, pois
aproveita todos os resíduos para gerar energia”, explica o presidente sindical.
Assim, ele explica que o Brasil perde espaço neste segmento, pois possui muito
potencial com subprodutos que podem ser utilizados na produção de energia. Ele
lembra que é possível produzir energia eólica, biogás, solar, entre outras, mas,
infelizmente, o país está engatinhando neste setor
O líder sindical também relata que existe
no Brasil, há uma ou outra iniciativa de produtores pioneiros, porém eles sofrem
com a falta de políticas justas que propiciem a produção e comercialização
deste tipo de energia. Segundo ele, não existe incentivo do governo federal,
estadual e intenção para que isso progrida. “Porém, isso é essencial para o
desenvolvimento do país. Podemos perceber nesta visita, que os países europeus
defendem a soberania, o produtor, a população, para que tenham um processo
sustentável e olhando o ponto de vista de todos. Já no Brasil, parece que isso
é o contrário, pois percebesse que se preocupam mais com a política externa e
no que os outros países pensam, do que com a sua população brasileira”, compara
Gustavo Ribas Netto.
O presidente destaca que a Áustria tem uma
preocupação muito grande na geração do biogás, pois quer não ficar dependente
do gás natural da Rússia e assim fornecer uma energia renovável aos seus
moradores. “A Áustria defende assim a sua soberania de uma maneira sustentável
com políticas que atendem desde o produtor até quem mora na cidade. Portanto, a
lição que aprendemos até o momento é que temos que valorizar o nosso país e
lutar por nossa soberania”. Ao analisar este fato, Ribas Netto acredita que é
necessário criar políticas públicas para incentivar a produção de energia
renovável valorizando o produtor, como acontece na Europa. E, desta forma, privilegiar não só um segmento
mas sim toda a sociedade”, acredita.
Nos próximos dias, eles continuam com a
viagem para conhecer outras propriedades de diversos países europeus, e como
eles trabalham para gerar alimentos, e, ao mesmo tempo, utilizar recursos
renováveis para a produção de energia.