Dinheiro
Greve dos bancos completa 20 dias com 100% das agências fechadas
Fernando Rogala | 27 de setembro de 2016 - 02:35
A greve dos bancários em Ponta Grossa e região completa 20
dias nesta terça-feira, dia 27, ainda sem previsão para encerrar. A direção do
sindicato está em São Paulo nesta semana e se reúne hoje às 14 horas com a
Federação Brasileira dos Bancos (Fenaban), na expectativa de receber uma nova
proposta para a categoria. A entidade que representa os bancos recebeu um
ofício do comando nacional da greve na última sexta-feira, solicitando uma nova
negociação.
Nas 12 cidades atendidas pelo Sindicato dos Bancários de
Ponta Grossa e região, todas as 84 agências públicas e privadas estão fechadas.
“Estamos de portas abertas para que possamos resolver essa questão”, explica o
presidente da entidade, Gilberto Leite. Ele ressalta ainda que as greves têm
acontecido todos os anos e têm sido a única maneira que os trabalhadores
encontram para conseguir negociar com os bancos. A greve mais longa dos
bancários aconteceu em 2004, quando os trabalhadores paralisaram as atividades
por 20 dias.
Os bancários pedem reajuste salarial de 14,78%, com 5% de
aumento real, com inflação de 9,31%; participação nos lucros e resultados de
três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24;
vales-alimentação; refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor do
salário-mínimo nacional (R$ 800); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio
moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações
e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências
bancárias e auxílio-educação. Todas as propostas apresentadas até agora pela
Fenaban foram rejeitadas pela categoria.
Durante a greve, a população pode recorrer a correspondentes
bancários. Caixas eletrônicos continuam funcionam normalmente.
Bancários querem aumento real
A última mesa de negociação entre trabalhadores e banqueiros
aconteceu no dia 9 de setembro. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)
apresentou aos bancários uma nova proposta de reajuste, com aumento de 7% nos
salários e benefícios e um abono de R$ 3,3 mil. No entanto, a proposta não
atende às reivindicações da categoria, que quer aumento real.