Cotidiano
Defensoria leva direitos humanos para salas de aula
Projeto ‘Defensoria Pública e Direitos Humanos nas Escolas’ levou o tema para alunos do 9º ano da Escola Estadual Professor Becker e Silva.
| 18 de janeiro de 2017 - 05:28

Projeto ‘Defensoria
Pública e Direitos Humanos nas Escolas’ levou o tema para alunos do 9º ano da Escola
Estadual Professor Becker e Silva.
O Centro de Atendimento Multidisciplinar da Defensoria
Pública em Ponta Grossa realizou entre os meses de outubro e dezembro de 2016 o
projeto “Defensoria Pública e Direitos Humanos nas Escolas”. Com o objetivo de
propiciar educação em direitos humanos para adolescentes de uma escola pública
da cidade, a primeira edição foi realizada na Escola Estadual Professor Becker
e Silva com uma turma do nono ano, que contou com 24 adolescentes. O trabalho
deve prosseguir em 2017 com outras turmas e em outras escolas.
O projeto foi elaborado pelas assistentes sociais Ana
Letícia de França e Evelyn Paula Soares e pela psicóloga Patrícia Olbermann
Duda, e foi executado por Evelyn e Patrícia. No total, foram realizados quatro
encontros em formato de Círculos de Diálogo, baseados na metodologia dos
Círculos de Construção de Paz. Os principais temas discutidos foram direitos e
deveres de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos; como exercer
a cidadania; diferenças individuais e como combater o preconceito; igualdade de
gêneros; e como exercer a liberdade de maneira consciente.
Uma das atividades realizadas com os alunos é explicada pela
psicóloga Patrícia Duda: “Levamos algumas ‘categorias’ de grupos de pessoas
para que os adolescentes classificassem se, de maneira geral, consideram
aquelas pessoas como ‘boas’ ou ‘más’. Classificamos os grupos em cada coluna de
acordo com o que a maioria dos participantes achava. Após essa etapa, passamos
a discutir os estereótipos e o preconceito, como classificamos as pessoas de
acordo com pré-julgamentos, sem conhecer as pessoas de fato, e discutimos
também que, na verdade, não existem pessoas boas ou más e, sim, pessoas que
tiveram uma educação diferente, experiências de vida diferentes, cresceram em
famílias e culturas diversas e, por isso, pensam e agem de modo diverso ao
nosso”.
Como forma de avaliação, no último encontro os adolescentes
escreveram cartas relatando o que haviam aprendido durante os grupos. As cartas
foram respondidas pela equipe da Defensoria e utilizadas posteriormente para
dar um feedback aos alunos e para incentivá-los a colocarem em prática aquilo
que foi discutido.
“Foi possível perceber que os adolescentes, à medida que os
encontros aconteceram, se sentiram mais à vontade para expressar-se em relação
aos temas discutidos. O assunto mais polêmico foi a igualdade de gêneros,
encontro no qual especialmente as adolescentes relataram várias vivências de
preconceito pelo fato de serem mulheres. A equipe avaliou de maneira muito
positiva a experiência”, afirma Patrícia.
Informações da
Assessoria de Imprensa.