Pauliki deve concorrer a deputado federal pelo Podemos | aRede
PUBLICIDADE

Pauliki deve concorrer a deputado federal pelo Podemos

Deputado estadual, Marcio Pauliki pretende deixar o PDT para viabilizar campanha à Câmara Federal

Deputado costura aliança com Álvaro Dias para eleições de 2018
Deputado costura aliança com Álvaro Dias para eleições de 2018 -

Stiven de Souza

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

O deputado estadual Márcio Pauliki (PDT) confirmou ao Jornal da Manhã e portal aRede que é pré-candidato à Câmara dos Deputados e que está de saída do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Pauliki deve acompanhar outras lideranças do PDT no Paraná e migrar para o Podemos, para apoiar a pré-candidatura do senador Álvaro Dias (Podemos) à Presidência em 2018. Em entrevista ao JM, o deputado estadual comentou sobre os projetos para as eleições do próximo ano. 

JM: O senhor pretende concorrer à reeleição ou há outros projetos para as eleições do próximo ano? 

Márcio Pauliki: Eu tenho um projeto nesta questão político-partidária de galgar uma vaga no Congresso Nacional. Até porque nós vemos uma necessidade de renovação e ampliação no Congresso. Eu me sinto preparado para buscar este grande desafio. Eu me sinto preparado, após mais de 20 anos na inciativa privada, com um foco muito forte em metas, desempenho, e agora com a experiência de quatro anos como deputado estadual. Então, eu me sinto preparado para uma renovação com experiência, que é o que precisamos em Brasília. 

JM: Qual o motivo desta pré-candidatura?

Pauliki: Infelizmente, nestes últimos anos, o Congresso Nacional se ateve apenas a questões ideológicas e políticas, avançando muito pouco com o que realmente interessa, que é o progresso na qualidade de vida de nossa gente. Eu tenho três motivos para me colocar como deputado federal. Um é me sentir preparado. O outro é fazer parte desta renovação que eu falei. O terceiro é o fato de que um deputado federal tem uma condição maior de trazer recursos para a nossa cidade e para a nossa região. Além disso, a cidade precisa evoluir muito na representatividade. 

JM: O senhor acredita que é possível ampliar esta representatividade em Brasília? 

Pauliki: Antigamente, tínhamos um deputado federal importado, que era o Afonso Camargo. Ele fez muito pela cidade. Hoje, temos dois deputados federais e eu fico orgulhoso de poder ter contribuído para isso. De forma direta, pude apoiá-los na busca de seus primeiros mandatos, tanto o Sandro Alex (PPS), em 2010 e também em 2008, quanto o próprio Aliel Machado (Rede), que tive uma dobrada importante em 2014. 

O fato de eu apoiá-los nos seus primeiros mandatos vai de encontro com a maior conquista dos ponta-grossenses, que seria nós termos aqui três federais. Temos votos para ter três deputados federais. E imagina que conquista seria, se cada deputado tiver uma emenda impositiva, que hoje é de R$ 16 milhões. Em quatro anos, nós teríamos R$ 192 milhões em emendas impositivas para a região, além de poder trabalhar juntos em projetos grandes como o Arco Norte. 

JM: Falando nisso, quais projetos o senhor pretende priorizar em Brasília, caso eleito? 

Pauliki: Como deputado federal, as prioridades aumentam. O Instituto do Câncer dos Campos Gerais, que já estamos viabilizando com o apoio do secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo, e que já tem até previsão no orçamento do Estado, é uma das minhas prioridades. Desde de o tempo em que fui presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg) tenho esta bandeira. Como deputado federal, pretendo trazer todos os recursos necessários para as obras do complexo no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais até 2022. 

Outro projeto é o Nota Solidária, que nós desenvolvemos aqui no Paraná. Eu quero levar este programa para Brasília, para que haja o Nota Brasil Solidário. As pessoas tem brigado pelo pacto federativo, para que o Governo Federal deixe mais recursos no município. Eu acho que, sim, temos que brigar por isso. E o Nota Brasil Solidário é a mesma concepção do Nota Paraná, só que com impostos federais. Os recursos já ficam com as entidades. O dinheiro já fica aqui com a entidade, para ajudar no custeio destes trabalhos assistenciais. 

Além disso, eu tenho um projeto que eu vejo, como gestor, e que vou lutar para isso em Brasília, que é o seguinte: Se um engenheiro, para seguir com sua profissão, precisa ter registro, se um médico precisa de um registro, eu acho que alguém que quer buscar um mandato precisa passar por uma certificação. É preciso que haja qualificação, que seja curso online, de graça, para não dizer que estamos elitizando. 

O candidato faz um curso simples, gratuito, um ano antes da eleição, da forma mais viável e acessível possível, mas que ele tenha que passar por esse curso para concorrer. Seria um exame de certificação legislativa e executiva. É preciso ter o conhecimento mínimo para estar em um cargo como este no Congresso, nas Câmaras, Assembleias. Isso melhoraria muito a qualidade da política no Brasil. Eu vou lutar para que este projeto seja aprovado em Brasília.

JM: Qual é a posição do senhor a respeito das reformas que estão sendo debatidas em Brasília?

Pauliki: Acho que as reformas são importantes desde que elas envolvam a todos. A reforma previdenciária, por exemplo, não pode envolver só o trabalhador e não envolver militares, funcionários públicos, funcionários do Legislativo, entre outros. Isso não pode acontecer. Tem que ser uma reforma que pegue todos, não apenas o lombo do trabalhador. Sobre a reforma trabalhista, nós ainda não sabemos o que virá de fato. Mas se ela vem para destravar o sistema trabalhista, com certeza isso vai ajudar os empreendedores a gerarem mais empregos. Um número que mostra se a reforma é importante ou não é o número de ações trabalhistas que temos no país. Mais de dois milhões em um ano, enquanto em países como a França, este número foi de 70 mil. Nos Estados Unidos, foi de 75 mil e, no Japão, apenas dois mil. Tem escritórios de advocacia no Brasil, atualmente, que têm mais ações trabalhistas na sua carteira do que um país inteiro. Isso é um absurdo. 

JM: Voltando para a questão eleitoral, o senhor pretende concorrer ao cargo de deputado federal pelo PDT? 

Pauliki: Eu já falei que estou me sentindo incomodado no PDT. O partido tem questões positivas, que me fizeram ingressar na legenda. Questões como a escola integral, a questão trabalhista, entre outras. Só que depois das eleições de 2014, a gente viu que o PDT não é nada do que imaginávamos em relação ao Governo Federal. 

Eu me decepcionei muito com a situação política e a primeira reação que eu tive, também como empreendedor, como cidadão, foi subir na tribuna em Curitiba e dizer, mesmo não sendo federal, que era a favor do impeachment. E aquilo realmente gerou um desconforto, gerou problemas com a Executiva Federal. 

De lá para cá, eu tenho tido alguns atritos no partido e estou esperando, agora, uma conversa com as lideranças. Não só eu, mas o nosso grupo. Eu, o Osmar Dias e o Gustavo Freut. Daqui uns 10 dias nós teremos uma conversa derradeira com a Executiva Nacional para tomar uma decisão.

JM: E há conversas com outros partidos?

Pauliki: Tenho conversas com o DEM, com o PSB e com o Podemos. Tanto eu quanto o Osmar Dias. O Osmar é o nosso pré-candidato ao Governo do Estado. Eu sou um dos coordenadores da campanha dele. Estou fazendo o plano de governo dele e estamos fazendo um planejamento estadual para o ano que vem. 

JM: Com algum destes partidos a conversa está mais adiantada? 

Pauliki: O que está mais avançado é o Podemos, pois este nosso grupo tem uma condição para 2018, que é apoiar o senador Álvaro Dias para a Presidência da República. 

Perfil

Márcio Pauliki é deputado estadual pelo PDT e está no seu primeiro mandato. Pauliki é formado em Administração pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e tem especialização em Marketing pela London University em Londres/Inglaterra, em Administração pela Berkeley University em San Francisco/Califórnia/EUA e em Gestão Empresarial pela FGV. De 2010 a 2012, foi presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg). Em 2012, foi o segundo candidato a prefeito mais votado na cidade. 

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE