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Consumo de géis cresce entre atletas, mas exige estratégia nutricional

Entre corredores amadores e atletas de elite, o uso de géis de carboidrato durante a corrida se tornou comum e estratégico. Práticos, de fácil digestão e com efeito quase imediato, esses suplementos são vistos como aliados para manter o rendimento durante atividades prolongadas. “Ajuda na disposição física e mental, manutenção de performance durante a atividade e uma recuperação maior”, afirma o atleta de alto rendimento Flávio Guimarães, que inclui o suplemento em sua rotina de treinos e provas.
FOTO: Getty Images.
A recomendação do uso, no entanto, exige atenção. Guilherme Lopes, nutricionista da Mantevida, explica que a principal função do gel é fornecer energia rápida para o corpo. “Eles são compostos, em sua maioria, por carboidratos de fácil digestão, como maltodextrina, frutose ou glicose. Isso ajuda a manter os níveis de glicose no sangue estáveis, evitando a fadiga precoce e garantindo mais energia para o músculo em atividade”, explica.
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O consumo, de acordo com os especialistas, é indicado em atividades com duração superior a uma hora. “Em geral, a suplementação com gel é recomendada em atividades com duração superior a 1h, 1h15. Antes disso, as reservas de glicogênio costumam ser suficientes”, afirma Guilherme. Flávio concorda e acrescenta: “Atividades com mais de uma hora já justificam. E para quem não gosta de comer antes do treino, pode ser uma estratégia alimentar também.”
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Géis são vistos como aliados para manter o rendimento durante atividades prolongadas

Durante provas como meia maratona, maratona ou triatlo, o consumo regular a cada 40 a 60 minutos pode fazer diferença significativa no desempenho. “Além de fornecer energia imediata, os géis ajudam a preservar o glicogênio muscular e retardam a sensação de cansaço”, reforça Guilherme. “Com isso, o atleta mantém o ritmo por mais tempo, melhora o foco e reduz o risco de queda de desempenho no fim da prova.”
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A praticidade também pesa na escolha. Flávio destaca que o gel se tornou uma opção viável justamente por ser eficiente e de fácil transporte. “O gel tem uma quantidade maior de carboidrato e é de fácil absorção. Isso facilita muito durante uma prova, quando não dá tempo de parar para mastigar ou abrir embalagens mais complexas.”
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Uso inadequado pode trazer efeitos colaterais

“O uso exagerado pode causar desconfortos gastrointestinais, como náusea, inchaço e diarreia, especialmente se o atleta não estiver acostumado. Além disso, o consumo sem a devida hidratação pode dificultar a digestão”, alerta Guilherme. Flávio complementa: “Algumas pessoas têm enjoo ou dificuldade de consumo. O ideal é uma estratégia nutricional feita por um nutricionista.”
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O atleta também chama atenção para a presença de estimulantes. “Os riscos são maiores com os que têm muita cafeína. A cafeína em excesso pode gerar efeitos negativos. Minha sugestão para quem não tem o hábito é começar com os sem cafeína.”
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Com tantas marcas e fórmulas no mercado, a escolha deve ser individualizada. “Alguns géis têm cafeína, eletrólitos ou diferentes tipos de carboidrato em sua composição. A escolha deve levar em conta o tempo da prova, a tolerância individual e a estratégia nutricional”, orienta Guilherme. Fatores como sabor, tipo de carboidrato (rápido ou lento), quantidade de sódio e potássio também devem ser considerados, principalmente em dias quentes.
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Fontes naturais de energia

Há também quem opte por fontes naturais de energia. “Sim, é possível substituir o gel por alimentos como mel, banana madura, rapadura, frutas secas e até jujubas”, afirma Guilherme. Esses alimentos oferecem carboidratos simples e de rápida absorção, mas não são tão práticos. “Alguns exigem maior mastigação ou volume, o que pode dificultar o consumo em movimento.”
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Flávio também reconhece o valor dessas opções. “Hoje temos muitos alimentos como o mel, a rapadura e até mesmo a banana. Vale a pena experimentar. Mas o gel acaba sendo mais concentrado e eficiente em termos de absorção.”
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Tanto para atletas experientes quanto para iniciantes, o mais importante é não improvisar. “É fundamental testar o gel nos treinos e sempre ingerir com um pouco de água”, ressalta Guilherme. Flávio concorda: “Não é só sair usando qualquer um. Cada corpo responde de um jeito. O segredo é testar e encontrar o que funciona para você.” Informações: Metrópoles.
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