UEPG celebra 55 anos de formação e transformação social | aRede
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UEPG celebra 55 anos de formação e transformação social

Universidade Estadual de Ponta Grossa inicia comemorações dos 55 anos de história. Websérie do Grupo aRede, denominada ‘UEPG 55 anos – Formação e Transformação’, traz relatos sobre a relevância da instituição, seu crescimento e o seu impacto na comunidade

A Universidade Estadual de Ponta Grossa foi fundada em 1969
A Universidade Estadual de Ponta Grossa foi fundada em 1969 -

Fernando Rogala

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A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) iniciou, no mês de novembro, as comemorações do 55º aniversário da instituição. Fundada em 6 de novembro de 1969, a instituição é referência em ensino em âmbito nacional, já superando a marca de 50 mil alunos formados em seus cursos de graduação. Mais do que o ensino, a UEPG traz inúmeros outros impactos diretos para toda a população, em inúmeras esferas. É justamente para mostrar essa expansão ao longo dos anos, e os impactos da UEPG em toda a sociedade, que o Grupo aRede produziu a websérie especial “UEPG 55 anos – Formação e Transformação”, com histórias contadas pelas pessoas que fazem parte dessa transformação e foram impactadas pela instituição. Neste primeiro capítulo, a websérie revela mais detalhes sobre a estrutura da UEPG, seu desenvolvimento e sua relevância para a sociedade.

Confira o primeiro episódio:

VÍDEO
Websérie foi produzida pelo Grupo aRede | Autor: Grupo aRede
  

Desde os primeiros dias dessas mais de cinco décadas, é impossível falar na universidade sem mencionar as pessoas. São alunos, professores e servidores que são os responsáveis destacar a instituição entre as melhores do Paraná e do Brasil, em diferentes rankings, além de estar entre as 100 melhores da América Latina e entre as 1000 do mundo. Isso é possível pela comunidade universitária altamente capacitada. Três professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa estão entre os pesquisadores mais influentes do mundo, segundo o ranking ‘Updated science-wide author databases of standardized citation indicators’, publicado pela Editora Elsevier, da Europa.

GALERIA DE FOTOS

  • A UEPG conta com ampla estrutura em Ponta Grossa
    A UEPG conta com ampla estrutura em Ponta Grossa
  • Novo prédio em anexo no Pax recebeu grande investimento
    Novo prédio em anexo no Pax recebeu grande investimento
  • Museu Campos Gerais recebeu aporte superior a R$ 6 milhões para reforma
    Museu Campos Gerais recebeu aporte superior a R$ 6 milhões para reforma
 

Entre esses profissionais de referência mundial está Alessandro Loguercio, professor de Odontologia, curso que existe na Universidade desde a sua fundação. Ele explica que a forma que o Campus foi estruturado, e a forma com que os jovens docentes foram atraídos para a UEPG, fazem com que a universidade seja um celeiro de conhecimento em várias áreas. E é justamente a visibilidade de trabalhos, especialmente em pós-graduações, mestrados e doutorados que fazem com que a universidade se destaque nos rankings.

Loguercio explica que a área de pesquisa é mundial, e quando uma publicação é realizada, o que ocorre geralmente em inglês, esse trabalho ganha o mundo. “Começamos com um problema que temos de resolver aqui, na nossa cidade, e esse problema pode ser mundial. E no momento que a gente faz isso, e a resposta que a gente deu, a solução do problema, foi a mais adequada, muita gente ao redor do mundo passa a usar a mesma solução que a gente passou a usar aqui. Então quando eles citam nosso trabalho, eles estão chancelando aquilo que a gente fez dizendo: ‘o que vocês estão fazendo aí é realmente muito relevante’”, explica.


História

Outra data histórica para a UEPG é 7 de novembro de 1973, ou seja, há 50 anos, quando houve o reconhecimento da instituição pelo Conselho Federal de Educação. A Universidade Estadual de Ponta Grossa resultou da unificação das Faculdades Estaduais de Filosofia, Ciências e Letras; Farmácia e Odontologia; Direito; Ciências Econômicas e Administração de Ponta Grossa.

Desde esse início, as mulheres foram protagonistas, com papel fundamental em seu desenvolvimento. Nessa história está a atitude e as mãos da professora Adelaide Chamma, a primeira professora mulher e primeira coordenadora do curso de engenharia civil. Com a importante contribuição dela e de tantas outras professoras e professores, a graduação completa 50 anos em dezembro de 2023.

“Eu fui a professora da primeira turma do curso de matemática da Faculdade de Filosofia. Ao largar o curso, eu fui eleita a representante do nosso setor de ciências exatas (...) e eu fui eleita pelo setor para participar do Conselho de Administração. Na ocasião, era reitor o professor Odeni Mongurel (...), e ele lançou a ideia de como formar o curso de engenharia civil. A única pessoa para responder pelo sim pelo não era eu, a única mulher. E única representante do setor. Eu fui corajosa e respondi ‘eu vou cuidar desse curso por você’”, recorda.

Expansão

Neste período de mais de cinco décadas, a UEPG realiza constantes investimentos e expansões. Entre as principais ampliações estruturais está o Campus de Uvaranas, criado em agosto de 1985, com uma área superior a 50 alqueires de extensão. Hoje, a UEPG tem 39 cursos presenciais em três campi (dois em Ponta Grossa e um em Telêmaco Borba). Na modalidade a distância, são nove cursos, com mais de 50 polos de apoio. 

Ao longo dos anos, a UEPG também se transformou num polo em EaD. Criado em agosto de 2002, o Núcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância (Nutead) foi o primeiro órgão do tipo nas universidades estaduais do Paraná. Hoje, oferece cursos rápidos, de extensão, graduação e pós-graduação, além de realizar projetos de formação para docentes, agentes culturais e servidores públicos, por meio da Universidade Corporativa.

A UEPG é a instituição de ensino de maior impacto regional e não para de crescer. Prova disso são as obras de grande relevância que estão em conclusão. O Anexo do Cine-Teatro PAX, em Oficinas, recebeu investimentos superiores a R$ 6,7 milhões. Entre outras atividades, o edifício passa a abrigar a recém-incorporada TV Educativa; o Nutead e parte das atividades da Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Culturais. 

Entre as obras recentes, a UEPG ainda teve como destaque a reforma dos laboratórios de turismo; construção do estacionamento dos edifícios CETEP - Centro Tecnológico de Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais e LITEC - Laboratório de Integração Tecnológica em Ciências Humanas e Sociais; obras no bloco de odontologia, entre outros. 

Nos últimos anos, outras grandes obras foram entregues: o Centro Multiusuário de Pesquisas Avançadas para Tecnologias do Agronegócio, o recapeamento asfáltico do Campus Uvaranas, o novo bloco de laboratórios de Engenharia de Materiais, a reforma do Campus Centro, a entrega do novo estacionamento da UEPG Centro e o Complexo de Laboratórios Multiusuários. A Universidade atualmente trabalha em um grande projeto de acessibilidade, que beneficiará toda a população.

Instituição preserva a história

Mais do que o presente, a UEPG também preserva o passado para promover o conhecimento para o futuro. O Museu Campos Gerais, da Universidade, funcionou no histórico Fórum da Comarca de Ponta Grossa de 1983 a 2003, no Centro da cidade. Localizado na esquina das ruas Engenheiro Schamber e Marechal Deodoro, o imóvel recebeu investimentos, oriundos do Fundo Nacional de Defesa de Direitos Difusos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. No total, mais de R$ 6 milhões foram aplicados no local, no restauro e na construção de edificação anexa. As obras foram concluídas neste mês de novembro.

“O Museu Campos Gerais tem uma importância muito grande para a história local de Ponta Grossa, dos Campos Gerais em si, porque ele é um guardião de todo patrimônio cultural que acompanha a identidade dos Campos Gerais e das inúmeras memórias que existem aqui também”, resume a professora Juliana Gelbcke, que já levou no museu os seus alunos da Escola Medalha Milagrosa, de Ponta Grossa, e da Escola Evangélica da Comunidade de Castrolanda.

Na avaliação de Juliana, visitar um museu é sempre uma experiência enriquecedora, não só para alunos, mas para a sociedade de uma forma geral, ao entender o museu não só enquanto um espaço de apreciação e contemplação do que está aí exposto, mas como um espaço de construção do conhecimento. “As pessoas gostam muito de usar um jargão, uma frase que é muito ofensiva para os museus e que é uma mentira: um museu não vive só de passado. Quando a gente para pra pensar nessas possibilidades que o museu cria, ele é um espaço que trabalha ativamente com o presente. Então não é só uma questão de passado; é a relação, as pontes que são construídas com o tempo presente também”, completa a professora.

Preparação e resultados no campo

Outra estrutura pertencente à UEPG, que gera reflexos para toda a sociedade, é a Fazenda Escola Capão da Onça, criada em 1985. Localizada na estrada entre Ponta Grossa/Itaiacoca, no quilômetro 7 da PR-513, com área superior a 300 hectares, a fazenda é destinada para a realização de atividades de ensino, pesquisa, extensão e produção. Nela, houve o desenvolvimento de inúmeras técnicas, que foram incorporadas pela sociedade e hoje impactam diretamente no dia a dia das pessoas. 

O professor Orcial Bortolotto, do Departamento de Fitossanidade e Fitotecnia do curso de Agronomia, explica que, dentro da Fazenda, são desenvolvidas várias linhas de pesquisa, de diferentes professores, visando alavancar alguns pontos dentro do agronegócio. “Nós desenvolvemos atividades que visam relação com sustentabilidade, uso de ferramentas biologias para estar reduzindo problemas de contaminação ambiental, melhorando performance de produtos no manejo da praga. Com essas pesquisas, esses estudos aplicados no campo, a gente consegue gerar informações e recursos para subsidiar manejos do produtor e as dificuldades do dia a dia”, pontua.

Outro diferencial é a preparação dos profissionais que fazem a diferença no mercado de trabalho ao chegarem mais preparados. “É muito comum e satisfatório estagiários que iniciam as atividades na Fazenda, dão sequência posteriormente em multinacionais, em cooperativas, ou em outros setores, nos quais eles levam conhecimento para estarem favorecendo e auxiliando o produtor no manejo de culturas, em especial aqui na região dos Campos Gerais, que é o berço do sistema de plantio direto”, completa Bortolotto. 

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