FIA divulga detalhes do novo procedimento de relargada

Pouco menos de uma semana depois de aprovar novidades no regulamento da F-1 para a temporada do ano que vem, a FIA, entidade que comanda o automobilismo, divulgou nesta terça-feira (1º) detalhes de como funcionará o novo procedimento de relargada, uma das mudanças mais polêmicas do pacote.

Depois da entrada do safety car na pista, o início do novo procedimento será idêntico ao que acontece atualmente, com os retardatários sendo autorizados a voltar às posições em que devem ocupar, no final do grid.

Após todos estarem em seus lugares, quando o diretor da corrida entender que é seguro para o safety car sair da pista, uma mensagem informando que ele sairá da pista será exibida.

O carro madrinha então irá para os boxes e os carros darão mais uma volta na pista. Enquanto isso, os membros das equipes que geralmente estão no pit wall deverão entrar nas garagens, por uma questão de segurança.

Somente dois representantes de cada time poderão manter suas posições no pit wall.

Quando a volta sem o safety car for completada, os carros irão para o grid nas posições que ocupam na corrida e estacionarão.

Somente quando todos estiverem parados será dada a nova largada, nos mesmos moldes do que acontece no início de cada corrida, com as cinco luzes vermelhas se iluminando e, na sequência, sendo apagadas.

De acordo com Daniel Ricciardo, um dos principais problemas neste novo sistema que será adotado a partir de 2015 é o fato de os pneus não estarem nas condições ideais no momento das relargadas –atualmente elas acontecem com os carros em movimento.

"Imagine se o safety car entra na pista e seus pneus já deram 20 voltas, por exemplo. O procedimento de largada na F-1 já é bastante complicado normalmente, quando estamos teoricamente com os compostos novos. Neste caso não sei o que pode acontecer", afirmou o piloto da Red Bull durante evento da equipe em Milton Keynes, em preparação para o GP da Inglaterra, que acontece neste domingo (6).

"Fora que numa largada 'parada' como teremos você pode facilmente cair de primeiro para quarto. Não acho que seja muito justo quando você lutou uma corrida inteira para construir uma certa vantagem na liderança poder perder tudo na relargada", completou o australiano, vencedor do GP do Canadá e único piloto "não-Mercedes" a ganhar uma corrida em 2014.

"Os pilotos foram questionados sobre a novidade e a maioria de nós disse que não achava ser uma boa ideia. Mas a novidade foi aprovada e como vai ser o mesmo problema para todo mundo, não temos motivo para reclamar. Mas, se eu pudesse, não mudaria o regulamento."

Informações da Folhapress.