Estudantes ocupam Escola Cavanis em Castro
Movimento estudantil contra a MP746 ganha espaço em outros municípios da região de Ponta Grossa. Ocupação foi decidida na sexta (07), mas efetivada nesta terça (11).
Publicado: 11/10/2016, 17:26
Movimento estudantil contra a MP746 ganha espaço em outros municípios da região de Ponta Grossa. Ocupação foi decidida na sexta (07), mas efetivada nesta terça (11).
Estudantes do Escola Estadual Antonio e Marcos Cavanis, em Castro, iniciaram o processo de ocupação do local nesta terça-feira (11). O movimento é integrado à ação estudantil organizada em todo o Paraná contra a Medida Provisória (MP) 746, proposta pelo Governo do presidente Michel Temer e que altera a grade curricular do Ensino Médio no Brasil.
A decisão de ocupar o colégio foi tomada já na sexta-feira (07), após reunião do Grêmio Estudantil. Representantes do movimento também organizaram uma conversa com os pais na noite de segunda-feira (10), avisando sobre a ocupação e apresentando a proposta da MP. Desde o início da manhã desta terça-feira (11), o colégio está ocupado pelos estudantes, que organizam atividades culturais e educativas dentro do espaço.
Os alunos manifestaram repúdio à MP que, segundo eles, “está sendo implantada sem debate público e que sucateia a educação pública do país”. Na tarde de terça, uma nota oficial sobre o movimento foi publicada nas redes sociais.
Confira a nota na íntegra:
“NOTA SOBRE A OCUPAÇÃO DO COLÉGIO CAVANIS
Os alunos do Colégio Estadual Antonio e Marcos Cavanis ocuparam o local na manhã de hoje (11). A decisão surgiu após reunião do grêmio estudantil na ultima sexta feira (07). Os alunos também organizaram uma reunião com os pais na noite de ontem (10) informando sobre a Medida Provisoria 746 e as consequências no ensino público nacional.
Os alunos manifestam repúdio à Medida Provisória (MP746), que está sendo implantada sem debate público e que sucateia a educação publica do país. Dentre as alterações propostas está a implantação de turno integral e enxugamento de disciplinas obrigatórias, como as de Sociologia, Filosofia, Educação Física e Artes.
Entendemos que uma reforma na educação brasileira é necessária, mas deve ser amplamente discutida entre estudantes, pais, professores, especialistas e a sociedade civil de um modo geral. Não há estruturas e suporte necessário para que uma reforma dessa amplitude seja implantada de maneira autoritária. Sendo assim, os alunos do Colégio Cavanis se juntam aos outros 164 colégios ocupados até o momento da publicação dessa nota, e resistirão até que as devidas medidas sejam tomadas.”