Fundação de Cultura e Sesi ofertam oficina gratuita de corpo acrobático neste sábado
No mesmo dia, Circuito Cultural Sesi apresenta peça ‘Palhaços’ .
Publicado: 04/05/2016, 18:26
O Circuito Cultural Sesi chega a Ponta Grossa neste sábado, 7 de maio, apresentando o espetáculo teatral ‘Palhaços’, às 20h, e uma oficina de Corpo Acrobático, às 15h. As atividades acontecem no auditório B do Cine-Teatro Ópera, todas com entrada gratuita, e contam com o apoio da Prefeitura de Ponta Grossa,por meio da Fundação Municipal de Cultura. As inscrições devem ser feitas pelo www.culturapg.com.br/eventos. Serão disponibilizadas apenas 20 vagas.
Com duração de uma hora, Corpo Acrobático aborda acrobacias de solo, onde trabalha a força, resistência e flexibilidade. O movimento está vinculado diretamente à emoção, portanto, esse trabalho tem o objetivo de trazer à tona questões pessoais através dos processos de cada um. O trabalho é desenvolvido para cada participante, com exercícios dentro de seus limites e possibilidades. A oficina será ministrada pela bailarina Marina Prado. Formada pela Faculdade de Artes do Paraná, Marina é especialista em Atividades Acrobáticas do Circo e da Ginástica pela PUC-PR e pesquisadora do corpo e do movimento, além de desenvolver pesquisas e cursos de Acrobacias Aéreas (tecido acrobático, Lira e Trapézio Fixo), Duo Acrobático, Tango, Sapateado e Dança Contemporânea.
Espetáculo ‘Palhaços’
No enredo, ao assistir apresentação do circo, Benvindo, o fã, vendedor de uma loja de calçados, aspirante a gerente e, como fã incondicional do artista palhaço Careta – esperançoso por um inocente bate-papo – vai cumprimentá-lo no camarim após o espetáculo. Não sabia, porém, que a proximidade da realização de um sonho poria também à prova as suas mais puras aspirações.
“O público invade o teatro e vai parabenizar o artista. No entanto, nesse encontro os dois se revelam. É um espetáculo questionador sobre ser artista e as representações sociais que as pessoas fazem na sua vida”, explica a diretora Mariana Zanette, que montou a peça pela primeira vez 16 anos atrás, quando ainda estava nafaculdade. “O texto é o mesmo, do cientista social paulista Timochenco Wehbi, mas com o passar do tempo e com minhas experiências foi sendo adaptado”.
Por meio da postura do palhaço Careta, que trava um diálogo contestador com o seu interlocutor, a peça mostra a realidade vivida pelos artistas atualmente, questiona o papel da arte e o que a sociedade contemporânea espera da classe.
Careta, o palhaço, tira sua “máscara” e revela o ser humano por traz do artista. Com todas as suas dores, questionamentos, decepções e anseios. E os papeis são claramente invertidos. No decorrer do espetáculo, vemos um homem comum ter atitudes tipicamente clownescas e o palhaço transforma-se em um homem comum adicionando pitadas de atitudes cruéis ao seu comportamento diante do fã.
“Os dois se revelam. Um enquanto artista e outro enquanto trabalhador e amante da arte, mas que também é dirigido e colocado como palhaço da sociedade”, diz Mariana. Em cena ainda estão dois artistas circenses e dois músicos, que tocam ao vivo e dialogam com o texto, conferindo mais elementos do universo do circo. O cenário é adaptável a diferentes tamanhos de espaços, podendo ser itinerante, assim como o circo.