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Artista plástico eterniza a arquitetura urbana de PG

O pintor ponta-grossense Saulo Pfeiffer se destaca eternizando cenas cotidianas com riqueza de detalhes e sensibilidade

Imagem ilustrativa da imagem Artista plástico eterniza a arquitetura urbana de PG
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Caminhar pelas ruas de Ponta Grossa não é algo que Saulo Pfeiffer faz despretensiosamente. Os olhos do artista plástico não veem apenas asfalto, prédios ou carros, nem se distraem com o caminhar apressado dos pedestres.  A atenção está voltada para as formas, as luzes e as sombras. Misturar elementos realistas e poéticos em óleo sobre tela, reconstruindo cenas do cotidiano ponta-grossense é o que motiva a sua arte.

Preto. Branco. Vermelho. Verde. Azul. Essas eram as cores dos cinco tubos de tinta que Saulo ganhou do pai aos 11 anos e que tem até hoje guardados de recordação. Lembrança da primeira tela que pintou em 2002. A pintura do ‘Castelo Alcázar de Segóvia’ já demostrava ali, indício de afinidade com o tema arquitetônico. “Foi a primeira vez na vida que eu tive contato com a técnica óleo sobre tela. Eu achei incrível como a tinta podia ficar num tubinho, porque para mim a tinta era líquida. Aquilo foi uma magia”, relembrou o artista que, a partir deste momento, confirmou o talento pelas artes.

Em janeiro de 2017 Pfeiffer começou a retratar temas urbanos. O primeiro cenário ponta-grossense a virar obra-prima foi o ‘Café do Ponto Azul’. Mais tarde, as ruas da cidade viraram tema principal, integrado a série ‘Caminhos de Ponta Grossa’. A primeira a ganhar destaque foi a Rua Doutor Colares, que traz o Centro de Cultura como ‘personagem’. Desde então já são 23 telas com o tema. “O urbano me proporciona um estudo muito vasto, porque ali eu tenho as perspectivas, as proporções, os contrastes, as cores, as linhas retas dos prédios, a verticalidade. Também a natureza, as árvores, o movimento das pessoas, os faróis dos carros”, detalha Saulo.

A sensibilidade do artista determina qual rua ou avenida vai retratar. São locais por onde ele já passou e percebeu a possibilidade artística da cena: as luzes, as profundidades, o movimento. Para cada quadro, há um minucioso trabalho de estudo e preparação. Saulo tira cerca de dez fotos, de diferentes ângulos, da cena que pretende pintar.  “Eu preciso saber o que tem exatamente em todos os lugares, faço uma espécie de 360 graus e, para um quadro, eu normalmente me baseio em umas quatro ou cinco fotos daquela série que eu bati”, diz.

Em casa, em um cômodo de dois metros por dois, ao som de músicas celtas, instrumentais, ou de clássicos dos anos 70, a realidade capturada pelas fotos se transforma sob o olhar de Pfeiffer. O passo seguinte é o esboço a lápis, em preto e branco. É feito o estudo do contraste das cores para então começar efetivamente a depositar o óleo sobre a tela, que o pintor considera já como a finalização da arte.  O processo de criação começa bem cedo, por volta das sete horas da manhã. “Quanto mais cedo eu acordo, melhor é a minha produção”, conta. Cada quadro leva cerca de três dias para ficar pronto, mas muitas vezes ele trabalha em mais de um quadro ao mesmo tempo.

A série ‘Caminhos de Ponta Grossa’ traz uma certa ‘dessaturação’ das cores. Telas que trazem dias cinzas, nublados ou chuvosos são propositais. “Eu acho muito mais difícil fazer o cinza do que o colorido. Então eu procuro estudar muito o cinza, dessaturar para obter o realismo”. Além disso, ele conta que gosta do efeito da luz que, nesses casos, retrata certa magia e misticismo, quando reflete as luzes dos carros, as poças d’água ou as pessoas com guarda-chuvas.

Ele revela que ainda está em busca de um estilo próprio de pintar. Quem viu a primeira exposição ‘Olhar Urbano’ no início do ano passado, percebe a evolução das pinceladas. “Antes eram mais rígidas e agora são mais soltas. Eu estou buscando mais o abstrato. Um abstrato que case com o realismo e esse é um estilo difícil de encontrar”, conta. Seus quadros são um reflexo de várias inspirações e técnicas utilizadas por artistas que admira, como Tom Browning, Kin English, James Kroner, Alexandre Reider, Frank McArthur, Ricardo Galán, Lindsey Kustusch, entre outros.

Obras fazem sucesso na internet

As obras de Saulo Pfeiffer começaram a fazer muito sucesso quando ele começou a divulgar seu trabalho publicando fotos dos quadros em sua página pessoal no Facebook. As centenas de curtidas, comentários e compartilhamentos difundiu sua arte e a cidade de Ponta Grossa. “As pessoas começaram a se sentir representadas, valorizadas”, disse o artista, que faz questão de responder a todos os comentários que as pessoas fazem sobre as fotos que publica.

Exposição

No dia 30 de maio, no Hotel Vila Velha, no Espaço Cultural Itacueretaba, haverá o lançamento da Exposição ‘Caminhos de Ponta Grossa’. A partir do dia 31 de maio até 30 de junho, o local estará aberto ao público, de segunda a sábado das 8h às 21h e aos domingos das 16h às 21h. A entrada é franca. Todas as telas de Saulo Pfeiffer estão disponíveis para venda. Para conhecer melhor o trabalho dele ou para adquirir as obras, basta entrar em contato pelo telefone (42) 99843-8327 ou nas redes sociais @saulopfeiffer. 

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