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Receita do agronegócio deve crescer 10% em 2018

Embora haja uma projeção de queda na produção, Fatores ligados ao mercado externo deverão impactar

Foto - Antonio Costa
Foto - Antonio Costa -

O mercado exterior deverá contribuir para o que Paraná tenha um ano bastante positivo no agronegócio em 2018. Embora não haja a previsão de que a safra de grãos possa superar os resultados do ano passado (em que foi registrada a ‘supersafra’), alguns fatores como os preços internacionais da commodities e a grande demanda da China (cerca de 100 milhões de toneladas no ano), deverão contribuir para os resultados, que devem ser potencializados com a alta na produção agropecuária. As projeções são da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, e da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).

Norberto Ortigara, Secretário de Estado de Agricultura, ressalta que o agronegócio representa 30% da economia do Paraná e tem contribuído para o bom desempenho do Estado em indicadores de outros setores, como a indústria, comércio, serviços e geração de empregos. Ele explica que a produção de grãos será menor em relação ao ano passado, mas ainda assim, em grande volume. “A safra paranaense de grãos será menor, por questões climáticas, como a La Niña, mas dentro dos patamares históricos. Vamos continuar a crescer na produção de frango, suínos e peixes, e devemos manter a posição de maior produtor de proteína animal do País”, alega. 

A previsão da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) é que o faturamento do agronegócio paranaense volte a crescer acima de 10%, já que, embora tenha registrado uma produção recorde, 2017 não foi um ano de grandes ganhos no segmento. “Em 2017 devemos ter fechado com receita próxima de R$ 71 bilhões, mas com crescimento bem menor, em torno de 2% a 3% em relação a 2016”, explica Flávio Turra, gerente técnico da Ocepar. Segundo ele, para 2018, com a retomada dos preços, a venda dos estoques de passagem e o aumento da industrialização da produção a perspectiva é que o setor volte a crescer a taxa de dois dígitos.

Em relação à produção de grãos, a projeção do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento é de uma redução de 10%, de 35,5 milhões de toneladas – muito também da migração da produção de milho para a soja, que tem rendimento quase três vezes menor por hectare. A produção suína e de frangos, porém, deve crescer, com os mais de R$ 2,2 bilhões aplicados pelas cooperativas em diversos investimentos em municípios paranaenses. 

Produção deverá crescer em Ponta Grossa

A produção de soja deverá apresentar uma redução na casa dos 3% no Paraná nesta safra 2017/2018. A estimativa do Deral é de que sejam colhidos 19,28 milhões de toneladas neste ano, contra 19,81 milhões retirados do campo no ano anterior. Ponta Grossa, porém, tem uma tendência inversa, da elevação de 2,13 bilhões de toneladas para 2,14 bilhões, um incremento de quase 0,5%, mesmo com uma previsão de queda no rendimento por hectare de 7% (3.964 quilos para 3,7 mil). Isso acontece, no entanto, porque a área plantada de soja na região cresceu de 538,4 mil hectares para 579,3 mil hectares, alta de 8%. Esse reajuste ocorreu porque muitos produtores que plantaram milho, na safra passada, optaram pela soja na atual. A quebra na produção de milho nos Campos Gerais está prevista em 45% (de 1,05 milhão de toneladas para 583,5 mil).

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