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Saca do feijão sobe e atinge preço recorde

Alta no período de um ano passa dos 100%, em função da quebra na produção, devido ao clima desfavorável

Imagem ilustrativa da imagem Saca do feijão sobe e atinge preço recorde

O preço do feijão atingiu preços recordes. Com a saca de 60 quilos do feijão carioquinha, comercializada a um preço médio de R$ 250 na região dos Campos Gerais, que é a maior produtora desse grão no Estado, há uma elevação superior a 100% no valor em relação ao mesmo período em 2015, quando esse valor variava entre R$ 100 e R$ 120. O principal motivo é a quebra na produção de outros estados e também em outras regiões do Paraná, em função de condições climáticas, o que resultou em um descompasso na relação oferta/demanda.

“Como a quantidade produzida foi menor, consequentemente os preços subiram. Começou a faltar feijão e já estavam disputando, até mesmo antes de colher, os preços e tentando negociar com os produtores. O valor em que está hoje, com certeza, é o maior valor já praticado nos últimos anos, em preços nominais”, relata Luiz Alberto Vantroba, economista do núcleo regional do Departamento de Economia Rural (Deral) em Ponta Grossa. Segundo ele, do total plantado na região (que corresponde a 26% do Paraná), 70% é do tipo ‘carioquinha’ e 30% preto. A segunda safra é mais forte porque inclui produtores que plantaram soja precoce e milho na 1ª safra.

Na região dos Campos Gerais também houve uma quebra na produção, em função do clima úmido. Nesta segunda safra, que está quase toda colhida (faltam entre 3 e 2% da área total produtiva, de 52,54 mil hectares), a produção foi de 86,1 mil toneladas, o que corresponde a 17% a menos do total do ano passado, e que teve o cultivo em área 10% menor. Com isso, a produtividade caiu 25%, tanto em relação ao ano passado quanto ao esperado (2,2 mil quilos por hectare). Somando as duas safras, a produção, em uma área 4,5% maior, teve uma produtividade 14,2% menor (187,1 mil quilos por hectare contra 160,5 kg/ha).

Assim, mesmo com a perda na produção, os preços altos compensaram aos produtores. “O preço subiu mais de 100%, e a produção quebrou 25%. Mesmo com a alta nos custos de plantio e cultivo, ao produtor saiu um pouco melhor que no ano passado”, completa Vantroba.

Cultivo atrai mais produtores

A rentabilidade do feijão tem atraído produtores mais tecnificados para este cultivo. Segundo Vantroba, com a difusão da soja na região, o feijão ficou a cargo dos produtores menores e da agricultura familiar. Contudo, recentemente, com as pesquisas e novas variedades no mercado, introduzidas pelo Iapar e pela Embrapa, o cultivo ficou favorecido. Junto, os preços também subiram, ficando uma cultura atrativa. “Foi tudo um conjunto de fatores; produtores maiores começaram também, principalmente na segunda safra, gerando mais oportunidades”, diz.

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