PONTA GROSSA
Escorpiões tomam conta de casa e tiram o sossego de família
Peçonhentos atormentam pessoas no bairro de Uvaranas; família critica estrutura do sistema de saúde de Ponta Grossa
Da Redação | 29 de setembro de 2021 - 04:47
Peçonhentos atormentam pessoas no bairro de Uvaranas; família critica estrutura do sistema de saúde de Ponta Grossa
Foram seis escorpiões capturados e mortos num prazo de 30
dias. Na segunda-feira (27), final da tarde, o peçonhento estava na escada da
entrada principal da sala e a menos de dois metros de uma criança de 8 anos quando
foi visualizado e retido.
É uma rotina de temor e de preocupações com a saúde de
todos. Ninguém mais dorme tranquilo na casa. O ápice do drama da família
aconteceu há cerca de duas semanas. Numa quinta-feira, à noite, uma jovem, estudante de Direito, estava na cama quando foi picada por duas
vezes, na perna. O amparo imediato dos pais encontrou resistência e frustração no sistema
de saúde de Ponta Grossa.
‘Primeiramente fomos ao hospital de Uvaranas e atendente nos
falou que não havia antídoto, orientando que buscássemos ajuda no Pronto
Socorro. Neste local encontramos apenas dois funcionários que mandaram a gente
para a UPA Santana. A decepção foi ainda maior. Muito embora tivéssemos relatado
o ataque de escorpião, nossa filha entrou numa fila de espera para ser
atendida. Ela saiu às 3 horas da manhã de sexta-feira e ainda se queixando de
dores’, relata a mãe. A dedetização do imóvel já foi realizada e mesmo assim os
escorpiões continuam aparecendo.
A série de eventos, desde o surgimento de escorpiões na
residência, levanta vários questionamentos. Se uma das características dos
peçonhentos é a disputa por território, como ocorreu essa concentração num mesmo
espaço? Qual é a real estrutura do Município para atender à população em
ocorrências de ataques? Por que apenas a UPA Santana é o único local de
referência numa cidade com mais de 350 mil habitantes? Para quem pedir ajuda?
Com a palavra as autoridades da área de saúde.