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PL da ‘linguagem neutra’ em escolas de PG sai para vistas

Proposta deve retornar para as discussões da Câmara Municipal de Ponta Grossa na próxima semana.

Pedido de vistas foi aceito pela maioria dos vereadores da Câmara.
Pedido de vistas foi aceito pela maioria dos vereadores da Câmara. -

Proposta deve retornar para as discussões da Câmara Municipal de Ponta Grossa na próxima semana

O Projeto de Lei (PL) 117/2021 que proíbe a ‘linguagem neutra’ em escolas públicas e privadas de Ponta Grossa foi retirado para vistas, por três dias, e deverá ser colocado em pauta somente na próxima quarta-feira (4), segundo o vereador e presidente da Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG), Daniel Milla Fraccaro (PSD). O pedido para a análise foi solicitado pelo parlamentar Julio Kuller (MDB) e aprovado pela maioria do Legislativo.

De autoria dos vereadores Ezequiel Marcos Ferreira Bueno (Avante), mais conhecido como ‘Pastor Ezequiel’, e Leandro Bianco (Republicanos), o PL 117/2021 garante “aos estudantes do Município de Ponta Grossa o direito ao aprendizado da língua portuguesa de acordo com as normas legais de ensino estabelecidas com base nas orientações nacionais de Educação, pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP)”, diz o artigo 1º do projeto.

Além de proibir a ‘linguagem neutra’ nas instituições de ensino, os parlamentares citam no artigo 4º que o não cumprimento da lei “acarretará em sanções administrativas às instituições de ensino público e privado e aos profissionais de educação”. Segundo uma das justificativas apresentadas, a “linguagem neutra pode lhe trazer (criança) a dúvida quanto a sua sexualidade”, explica os autores da proposta.

Discussões

Durante as primeiras conversas sobre o projeto de lei, alguns vereadores se manifestaram favoráveis a proposta. Segundo Leandro, a ideia seria para “protegermos as nossas crianças”. A Missionária Adriana (SD) também reforçou que “estamos defendendo a nossa língua (portuguesa)”. Além deles, Pastor Ezequiel relatou que “estamos protegendo a nossa Constituição. Não estamos falando de nenhuma sexualidade” – apesar de na justificativa do PL citar que a ‘linguagem neutra’ pode trazer dúvida para a criança.

Já os que se mostraram contrários à proposta, Geraldo Stocco Filho (PSB) afirmou que o projeto é “totalmente inconstitucional. Altera o Plano de Educação do Município”. Celso Cieslak (PRTB) acompanhou a ideia de Stocco. “Realmente o projeto é inconstitucional. Quem tem que dar o parecer é o Ministério da Educação (MEC). Mais uma lei que não terá validade”. Por fim, Josiane Schade Kieras (PSOL) alegou que os vereadores teriam “medo das crianças saberem da existência dos LGBTQIA+ por meio da linguagem. Qual o problema de falar assim na escola”, questionou.

Linguagem neutra

Segundo o Guia do Estudante, “a proposta de uma terceira forma que vá além do ‘A’ para o gênero feminino e do ‘O’ para o gênero masculino é conhecida como Linguagem Neutra e compreende, basicamente, a utilização de uma terceira letra para se referir a todos, sem particularizar gênero, inclusive para aqueles que não se identificam com a binariedade”.

No PL 117/2021 é citada uma situação de uso da ‘linguagem neutra’. “Por exemplo, a tendência aponta que os termos ‘todas’ e ‘todos’ deveriam ser substituídos por ‘todes’ para acolher todos os gêneros”.

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