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Moradores de PG temem despejo em área de ocupação

Famílias que vivem numa área pertencente ao Município, perto do Recanto Verde, no Cará-Cará, contam que receberam ameaças para deixar o local

Imagem ilustrativa da imagem Moradores de PG temem despejo em área de ocupação
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Famílias que vivem numa área pertencente ao Município, perto do Recanto Verde, no Cará-Cará, contam que receberam ameaças para deixar o local 

O direito à moradia é garantido pela Constituição Federal, mas basta circular pela periferia de Ponta Grossa e perceber que muitas famílias sobrevivem sem uma moradia digna. O portal aRede tomou conhecimento da situação enfrentada por pelo menos quinze famílias que vivem na região do loteamento Recanto Verde, no bairro Cará-Cará e que buscam uma alternativa para ter onde morar, mesmo que de forma irregular.

As famílias, na sua maioria, sem renda fixa e dependentes de aluguel ou de favor de vizinhos, ocuparam uma área que fica próxima ao loteamento Recanto Verde no final do ano passado. No início deste ano começaram a construir as casas. Hoje o terreno já tem quatro casas de madeira levantadas e algumas famílias já se mudaram para o novo local. Entre elas a do Ezequias Souto Floriano, que trabalha como motorista. Ele conta que está pagando, a prazo, o material usado na construção da casa. Ele e os outros integrantes da ocupação fazem mutirão para ajudar uns aos outros. “Conseguimos erguer umas casas e estamos lutando para fazer uma rua”, relata.

A área ocupada fica às margens a rua Osnil Beneditto Kapp e pertenceria ao município, conforme o mapa a que o Portal aRede teve acesso. No mapa (foto) a indicação é de que o terreno é uma área institucional. Perto de onde as casas estão sendo levantadas pelas famílias desabrigadas há um campo de futebol para o lazer da comunidade.

Famílias contam que receberam ameaças

Aproximadamente 65 pessoas fazem parte do grupo que integra a ocupação. Algumas já se mudaram e outras ainda estão erguendo as moradias. Nesta semana elas receberam a visita de supostos donos do terreno e de supostos advogados ameaçando derrubar as casas já construídas com a alegação de que haveria uma liminar autorizando obras que já estariam em fase de projeto para o terreno. “Disseram que iam chegar com máquina derrubando tudo”, lamenta Ezequias.

O motorista conta que também estiveram no local, pessoas que se identificaram como técnicos da Companhia de Habitação de Ponta Grossa - Prolar. Segundo ele, essas pessoas coletaram os dados das famílias e também fizeram ameaças. “ Foi gente da Prolar, pegou nome e CPF. Daí falaram que quem tivesse cadastro na Prolar ia perder e falaram também que quem está lá tem que pôr esgoto, água e poste de luz por conta, senão vai levar multa. O problema que o povo é humilde. Tem uma senhorinha que morava de favor numa casa da vizinhança e expulsaram ela de lá com os filhos. Nós estamos ajudando ela a construir a casinha dela num terreninho lá. Já desmontamos uma outra casa para pegar a madeira, mas ainda não deu tempo de construir”, explica Ezequias preocupado com o futuro das quinze famílias.

Terreno da Prefeitura

A Prefeitura de Ponta Grossa foi procurada pelo Portal aRede e questionada sobre a propriedade do terreno, sobre a visita dos supostos técnicos da Prolar e sobre as ameaças feitas aos ocupantes da área.  Por meio de nota, a Prefeitura confirmou que a área citada pela reportagem é de propriedade do Município e informou que não houve visita das equipes da Prolar no local até o momento.

A prefeitura não respondeu se os fiscais da Prolar são orientados mencionar cancelamento  de cadastro de famílias que vivem em situação de vulnerabilidade nas ocupações. Também não se manifestou ao ser questionada sobre qualquer orientação para que moradores de ocupações instalem, por conta própria, rede de energia elétrica, rede de esgoto e de abastecimento de água.  

Moradores de PG temem despejo em área de ocupação
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