PONTA GROSSA
Acusado de matar professora pede laudo de insanidade
Defesa de Marcelo de Ávila pediu exame de insanidade mental e, caso a doença psiquiátrica seja comprovada, ele não será submetido ao júri popular
Da Redação | 10 de outubro de 2020 - 02:30
Defesa de Marcelo de
Ávila pediu exame de insanidade mental e, caso a doença psiquiátrica seja
comprovada, ele não será submetido ao júri popular
Acusado de matar a própria esposa em dezembro do ano
passado, Marcelo de Ávila deve ser submetido nos próximos dias a um exame de
sanidade mental. O pedido feito pela defesa do réu foi acatado pelo Juizado de
Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e houve a determinação para que
ele seja levado até o Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana
de Curitiba.
O advogado Gustavo Madureira, nomeado pela Justiça para
realizar a defesa de Ávila, informou que pediu o exame do acusado “para aferir
sua higidez mental pelo fato dele possuir histórico de doença mental, inclusive
ter tentado contra a própria vida em data anterior ao crime”.
Diante da decisão judicial, a ação penal contra ele ficará
suspensa até a emissão do laudo médico. Caso fique comprovado que Marcelo de
Ávila é portador de doença mental e não era capaz de entender a gravidade de
seus atos, ele não deve ser submetido a júri popular e será internado para
tratamento psiquiátrico.
Relembre o caso
No início da tarde de 4 de dezembro de 2019, Luciane de
Ávila chegava até uma escola na Avenida Anita Garibaldi quando foi surpreendida
pelo esposo. Armado com faca, ele desferiu vários golpes na professora, que
morreu ainda no local. O crime foi cometido na frente do filho do casal, que
escapou ileso. Uma terceira pessoa que tentou intervir para salvar a vida da
professora também foi esfaqueada, mas se recuperou.
À época do crime, o acusado concedeu entrevista ao Portal
aRede e Jornal da Manhã e disse que tinha descoberto uma traição. “Nós éramos
ministros da igreja e nós dávamos palestras nos encontros matrimoniais, nós
tínhamos 25 anos de casados e ela me traiu”, disse na oportunidade, afirmando
também que não premeditou o feminicídio. “Nós não estávamos bem separados, ela
não me deixava ver meu filho e eu fiz de cabeça quente. Eu amava ela”, relatou.
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