PONTA GROSSA
Presos na Operação Ductos ganham liberdade
Operação do Gaeco cumpriu 16 mandados de prisão e 50 mandados de busca e apreensão
Da Redação | 27 de julho de 2020 - 09:42
Operação do Gaeco cumpriu 16 mandados de prisão e 50 mandados de busca e apreensão
As 16 pessoas presas na Operação Ductos, deflagrada na
última segunda-feira (20), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, foram colocadas em
liberdade nesta sexta-feira (24). A juíza Laryssa Copack Muniz entendeu não haver
necessidade de prorrogação das temporárias, numa posição contrária ao do MP,
que havia entrado com pedido para mantê-los em custódia.
A operação cumpriu 16 mandados de prisão e 50 mandados de
busca e apreensão. As ordens judiciais foram emitidas pela 1ª Vara Criminal de
Ponta Grossa e incluem ainda o bloqueio de imóveis e veículos de 22 pessoas ou
empresas. Os principais alvo foram os empresários e servidores da Companhia de
Saneamento do Paraná (Sanepar). As buscas atingiram 37 residências e 13
empresas, incluindo cinco estabelecimentos privados (em Ponta Grossa, Cornélio
Procópio, Telêmaco Borba e Curitiba) e oito da Sanepar (três em Ponta Grossa,
dois em Telêmaco Borba e um em Curitiba, Santo Antônio da Platina e Cornélio
Procópio). A sede da Martins Engenharia foi uma delas.
O advogado Fernando Madureira, que representa uma das
empresas envolvidas em fraude
em licitação praticada dentro da Sanepar, afirmou que pretende procurar a
representante do Ministério Público e entregar provas e informar detalhes sobre
o esquema criminoso.
Segundo Madureira, a sua cliente é uma empresa pequena que
acabou se envolvendo numa grande fraude sem ter conhecimento. “Minha cliente
foi contratada pela Martins Engenharia para fazer perfurações para passagem de
ductos de esgoto e prestou efetivamente o serviço. Entretanto,
exigia que fossem emitidas notas fiscais com valores
superfaturados e ainda, quando eram feitos depósitos na conta da
empresa da minha cliente, pediam para retirar o dinheiro e devolver para os
representantes da Martins Engenharia", detalha o criminalista.