PONTA GROSSA
UTI Neonatal do HU-UEPG completa 6 anos
Da Redação | 04 de novembro de 2019 - 00:00
O primeiro internamento aconteceu em 2013 e, desde então, foram 539 recém-nascidos atendidos.
Na última sexta (01), a Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
Neonatal do Hospital Universitário da UEPG completou 06 anos de funcionamento.
O primeiro internamento aconteceu no dia 08 de novembro de 2013 e, desde então,
foram 539 recém-nascidos atendidos. Só em 2019, já são 61 bebês atendidos.
Para o vice-reitor da UEPG, professor Everson
Krum, rememorar estes 6 anos de funcionamento da UTI Neonatal significa
destacar o esforço das equipes do hospital para dar qualidade e carinho na
assistência, desde a infraestrutura providenciada pela gestão do hospital até o
atendimento cotidiano das equipes médicas e multiprofissionais. “A inauguração
da UTI neonatal, que posteriormente abrigou a UTI pediátrica, foi um marco na
assistência à saúde em Ponta Grossa porque solucionou um problema histórico de
falta de leitos na região”, destaca.
“A UTI neonatal do HU proporciona aos
recém-nascidos que têm alguma necessidade de suporte intensivo uma oportunidade
de sobrevida. São bebês que inspiram um cuidado especial e atenção contínua,
algo que é oferecido pelas equipes multiprofissionais do HU”, enfatiza a chefe
de enfermagem do HU-UEPG, Simone Hanke. Para ela, o diferencial do atendimento
está no carinho e dedicação com que as equipes desempenham suas
atividades.
A diretora geral do HU, Luciane Cabral, aponta
para a contribuição do programa de residência multiprofissional em neonatologia
para a formação de profissionais qualificados para atender à saúde dos
recém-nascidos. “São profissionais de enfermagem, farmácia, serviço social, odontologia
e fisioterapia, que desenvolvem atividades em Unidade de Terapia Intensiva,
cuidados intermediários, maternidade, ambulatórios e na atenção primária”,
detalha a diretora. Para comemorar a data, a equipe da UTI Neonatal
recebeu um mimo: em um cartão personalizado, as impressões dos pés dos bebês
internados. “Foi uma forma de agradecer ao serviço de qualidade prestado pela
equipe”, conta a enfermeira Juliana Estefanski, coordenadora da UTI Neonatal do
HU-UEPG.
Atendimento de qualidade
A coordenadora da UTI Neonatal destaca a
qualidade do atendimento da unidade, com índices de óbitos institucionais
(aqueles ocorridos mais de 24 horas depois da internação) de apenas 5,33%; e
índices de óbitos não-institucionais (ocorridos em menos de 24h da admissão do
paciente) de 6,9%. A coordenadora comemora ainda as taxas de infecção: as
infecções associadas a dispositivos (cateter de acesso venoso, ventilação
mecânica e sonda vesical) foram zeradas, de acordo com os últimos dados do
Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar.
Segundo Juliana, a UTI conta com diversas
práticas que humanizam e qualificam o atendimento, além de garantir a segurança
dos pacientes, em todos os quesitos. “Essas ferramentas auxiliam os
profissionais de saúde a realizar uma assistência de qualidade e com segurança
para pacientes internados, contribuindo com o processo de trabalho e
proporcionando melhores resultados”, destaca. Algumas destas ações são a
utilização de bundles (pacotes de cuidados), estratificação de riscos,
prescrição de cuidados individualizados para todos os recém-nascidos internados
e educação continuada constante.
Os cuidados tomados para prevenção de
infecções também são ressaltados pela coordenadora, que explica que até mesmo
os pais e familiares são orientados sobre procedimentos, como a lavagem das
mãos para entrar na UTI, procedimento acompanhado por técnico de enfermagem ou
enfermeiro, independentemente do horário e tempo de permanência na unidade.
Além disso, é feito um rigoroso controle de limpeza e desinfecção de
equipamentos,
Outro ponto positivo da UTI Neonatal do
HU-UEPG destacado pela coordenadora é a atuação da equipe multiprofissional,
composta por médicos neonatologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem,
farmacêuticos e odontologistas especializados, psicólogos, fonoaudiólogos,
assistentes sociais e fisioterapeutas. As visitas diárias da equipe são
acompanhadas pelos familiares, para que o cuidado da equipe, acolhimento dos
familiares e esclarecimentos sobre o estado de saúde dos pacientes sejam
realizados de forma integrada e transparente. “A equipe realiza ainda
acompanhamento e incentivo ao aleitamento materno exclusivo, além de avaliações
e acompanhamento diário da fonoaudiologia, fisioterapia, odontologia neonatal,
psicologia e serviço social”, conta.
Para os pais e familiares, está disponível o
atendimento da equipe de psicologia e serviço social, e também um local
exclusivo para que as mães possam tomar banho, guardar seus pertences e
descansar. “Disponibilizar um quarto para as mães facilita a permanência junto
ao recém-nascido, estimulando o vínculo entre mãe, filho e familiares, além de
não precisarem retornar para casa, se assim preferirem. As mães também recebem
alimentação balanceada durante todo o período de internamento de seus bebês”.
Estratégias de humanização também são um ponto
forte do atendimento da unidade, com incentivo ao contato pele a pele,
realização do método mãe canguru, banho de balde, uso de redes para
proporcionar conforto ao recém-nascido, musicoterapia, uso do polvo de crochê esterilizado
para acalmar os bebês e o momento do soninho: período em que a iluminação
artificial é reduzida, dentro dos padrões de segurança, para que o
recém-nascido tenha noção de dia e noite. “Além de acompanhar as visitas
multiprofissionais, os familiares recebem ainda, no momento da alta, um resumo
dos diagnósticos, tratamentos e todos os procedimentos a que o recém-nascido
foi submetido durante o internamento”, finaliza Juliana.