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Mazer confia em força do mandato coletivo para concorrer à Alep

Durante a entrevista, candidato ressaltou as ações do mandato do Psol na Câmara Municipal,

Mazer foi o 11º convidado da série de entrevistas do Grupo aRede.
Mazer foi o 11º convidado da série de entrevistas do Grupo aRede. -

Guilherme Mazer, co-vereador do Mandato Coletivo do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) de Ponta Grossa, foi o décimo primeiro convidado da série de entrevistas do Grupo aRede (Jornal da Manhã e Portal aRede) com os candidatos a deputado estadual e federal. Após a eleição para a Câmara Municipal, em 2020, o coletivo pretende agora dar continuidade ao trabalho na Assembleia Legislativa do Paraná, com Mazer encabeçando a chapa como candidato a deputado estadual. 

Durante a entrevista, Mazer ressaltou as ações do mandato do Psol na Câmara Municipal, destacou a importância e a diferenciação do modelo coletivo e relembrou que se trata de uma candidatura que representa o candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos Campos Gerais. Confira a entrevista com o candidato a deputado estadual Guilherme Mazer abaixo: 

Quais foram as motivações para concorrer como deputado estadual nestas eleições?

Guilherme Mazer: A nossa motivação é a busca pela continuidade do que a gente vem fazendo na Câmara de Vereadores. Nós temos o primeiro mandato coletivo eleito na história política do Paraná, temos feito um trabalho que vem sendo reconhecido pela população, pelos partidos, pelos setores organizados da sociedade e, naturalmente, eles acham que devemos continuar nessa trajetória política tentando ocupar a primeira vaga do mandato coletivo na Alep. 

A grande motivação política, neste momento, é a situação econômica e social que o Brasil e o Paraná atravessam. Então, não podemos nos eximir dessa responsabilidade de apresentar uma candidatura. Então, é uma candidatura viável para estarmos realizando debates, conquistando mentes e corações e tentarmos eleger o primeiro mandato coletivo da Alep.

Qual a importância do modelo do mandato coletivo nessa disputa eleitoral? 

Guilherme Mazer: Os coletivos surgiram na política nacional dentro de uma crise de representatividade. As pessoas estão um pouco cansadas da política tradicional e os mandatos coletivos vem para dar uma resposta a isso. A gente encontrou no mandato coletivo uma forma de fazer política mais transparente, mais participativa e que deu certo. Se deu certo em Ponta Grossa, a gente pretende continuar com esse coletivo agora a nível estadual. Isso será algo inusitado novamente, será um coletivo e dois mandatos. A representante oficial do nosso mandato em Ponta Grossa é a Josiane Kieras. Nós anexamos ao coletivo o Wagner Nascimento, que é de Castro, e a Geslline Braga, que é de Campo Largo, para dar mais amplitude nessa representação e podermos atuar em mais setores também. 

No nosso coletivo mesmo, nós temos diversas competências. Eu sou engenheiro agrônomo, trabalho com desenvolvimento rural sustentável, com segurança alimentar e várias outras militâncias. Mas a Ana Paula é uma mulher, jovem, negra, vem de um assentamento da reforma agrária. A Josiane Kieras é professora da rede estadual, o João Luiz Stefaniak é advogado, o Wagner Nascimento é sindicalista do sindicato da indústria da alimentação e a Geslline Braga é da área cultural. Então, aqui em Ponta Grossa a gente já conseguiu ampliar a atuação de um mandato que às vezes fica um pouco preso às relações que aquele mandatário tem. A gente consegue ter essa inserção mais espalhada e enraizada na sociedade. 

Como o senhor avalia o cenário local da disputa para deputado estadual neste ano?

Guilherme Mazer: Acho que ficou bem nítido a nossa posição na Câmara. Nós somos oposição a esse grupo político e esse grupo está representado, no Paraná, pelo governador Ratinho Júnior. Nós somos líderes da oposição no governo, fizemos uma CPI do Estar e indiciamos 28 pessoas. Fazemos a luta pela saúde que está um caos e, por último, a gente tem esse desastre que é a saída de férias da prefeita em um momento caótico, o vice não querendo assumir porque está em candidatura num desacordo com o grupo, numa coisa até meio bizarra de ouvir. Ele (Capitão Saulo) assume que aquelas propostas que a Elizabeth fez com o Ratinho Júnior são impossíveis de cumprir. Eles fizeram a promessa de 100% de asfalto na cidade juntos e o Capitão Saulo já assumiu, nas entrevistas, que é impossível e isso não será cumprido. 

Então, nós não colocamos só à esquerda. Nós nos colocamos contra esses grupos tradicionais e somos a representação da candidatura do Lula em Ponta Grossa. Isso é importante ficar muito nítido, porque o Lula é o único candidato viável para derrotar o Bolsonaro, para a gente botar comida na mesa das pessoas novamente e para gente ter médicos. Grande parte dos problemas da saúde em Ponta Grossa fazem parte do desmonte da saúde nacional e estadual e eles estavam todos juntos: Bolsonaro, Ratinho e Elizabeth. Quando faltam 44 médicos em Ponta Grossa, é porque lá atrás, quando teve a eleição de Bolsonaro, foram embora mais de 60 médicos do Mais Médicos e nunca conseguiu se repor isso. É impossível viver num país com 33 milhões de pessoas passando fome, que tem como seu potencial, seu slogan, a agricultura. Essa é uma cadeia de política que chega aqui em Ponta Grossa. 

Qual a importância da proximidade com a população a partir de ações que o Mandato Coletivo já vem exercendo em Ponta Grossa, como é o caso do ‘Mandato na Rua’?

Guilherme Mazer: Nosso mandato é um mandato de rua, não é só de gabinete. Apesar de serem muito importantes as atividades dentro do gabinete, que são pareceres de comissões, leituras de projetos, enfim. Muitas vezes nos colocamos na oposição e temos que fazer a defesa de um projeto da prefeitura, melhor que a própria base. A gente está em favor dos ponta-grossenses.

O ‘Mandato na Rua’ é uma experiência fantástica. A gente passou por um período de pandemia no início do mandato e não podíamos ter essa relação. Agora a gente vem conseguindo fazer o ‘Mandato na Rua’. Uma das principais conquistas que tivemos, por exemplo, foi no Los Angeles e Califórnia. Com a mudança dos itinerários, não estava se encaixando os ônibus lá. Era uma questão de um representante do povo ir lá e ouvir. Esse é o papel do vereador, ouvir demandas, que muitas vezes são simples e fáceis de consertar. Então, a experiência que a gente quer levar para a Alep é seguir dialogando com as pessoas em Ponta Grossa e nos outros municípios do Paraná para fazer essa representação ouvindo o povo, em contato com o povo. 

O que o eleitor pode esperar do Guilherme Mazer na Alep?

Guiilherme Mazer: Primeiro que, independente do grupo político que assumir o estado, tem algumas responsabilidades que nós, como parlamentares, temos que lutar, batalhar em defesa. Existe uma defasagem de mais de 30% no serviço público estadual que não é reposto há muito tempo, isso é incabível. A LGU (Lei Geral das Universidades), é um desastre, é para acabar com as universidades públicas e estaduais. Só a UEPG perde, com a LGU, cerca de 300 professores. Cada 1 real que é investido numa universidade pública, retorna 2,13 reais para o município. Então, proteger o serviço público é uma das defesas.

Outra é a questão da comida na mesa das pessoas. O Ratinho Júnior tem que dar conta de um decreto que ele assinou que 100% da merenda escolar iria ser orgânica em 10 anos. Fez um baita de um evento mentiroso e não vai cumprir. Ele deu uma renúncia de R$ 17 bilhões para grandes empresas, enquanto os pequenos empreendedores sofrem para pagar imposto. Sem contar que está faltando água no Paraná. Se não cuidarmos dos nossos recursos naturais, nós não vamos conseguir ser sustentável ao longo. Então, essas pautas com certeza farão parte do nosso trabalho

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