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Hospitais públicos e privados chegam ao limite em PG

Diretores fazem um apelo para que toda a população contribua no combate à covid-19, pois o sistema de saúde de Ponta Grossa está em colapso

Diretor técnico do Hospital Santa Casa, Rogerio Santos Clemente.
Diretor técnico do Hospital Santa Casa, Rogerio Santos Clemente. -

Diretores fazem um apelo para que toda a população contribua no combate à covid-19, pois o sistema de saúde de Ponta Grossa está em colapso

Na manhã desta quinta (11), a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa convocou uma coletiva de imprensa para falar sobre o atual momento da pandemia da covid-19 no município ponta-grossense. E durante o evento, alguns diretores de hospitais públicos e privados da cidade comentaram que o sistema de saúde está em colapso. Confira abaixo o que cada um deles disse:

Hospital Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa

“Hoje, quem ficar doente em nossa região, passa a entrar em risco de morte... Por qualquer doença, porque nossa capacidade está no limite”, alertou o diretor técnico médico do Hospital Santa Casa, Rogerio Santos Clemente, ao afirmar que o local está com a ocupação acima dos limites necessários. Ainda durante a coletiva de imprensa, ele declarou que, desde dezembro, o Hospital está cobrindo e atendendo toda urgência e emergência da região dos Campos Gerais.

Além disso, o diretor da Santa Casa explicou que “as minhas UTIs estão lotadas de pacientes não covid, mas eu não tenho vaga para outros casos”. No final, Rogerio fez um apelo para a população. “A grande razão de estarmos aqui hoje, neste momento, é avisar todos os cidadãos para que cumpram com a sua função de cidadão. Entenda o que está acontecendo e comporte-se de maneira adequada”, reforçou.

Unimed – Ponta Grossa

O diretor presidente da Confederação Nacional das Cooperativas Médicas (Unimed) de Ponta Grossa, Eduardo Bacila de Sousa, disse que, o que está acontecendo hoje no Paraná, “nunca antes foi observado no sistema privado (de saúde), porque a gente tem uma crise sanitária com pacientes que estão ficando muito mais tempo internado, que consomem insumos e medicamentos... Chega ao ponto de a gente ter que usar estratégias quase que históricas de soluções para sedar os pacientes ou para que eles consigam ventilar”, relatou hoje cedo (11).

Durante a sua fala, Eduardo lembrou que o município ponta-grossense atende entre 700 e 800 mil pessoas. Dessa forma, por conta da alta de atendimentos e elevado risco no sistema de saúde, os recursos estão chegando no limite, inclusive de pessoas para realizar esse auxílio aos pacientes. “Nós, recentemente, aumentamos leitos, compramos equipamentos, respiradores, mas esses recursos se consomem quase que imediatamente”, explicou.

Ao final de sua fala, o diretor da Unimed – Ponta Grossa reforçou a necessidade de que as pessoas se conscientizem do que está ocorrendo, pois, caso isso não aconteça, a pandemia levará muito mais tempo para acabar. “Eu perdi amigos, nós perderemos colegas e, se não houver essa conscientização, essa batalha será muito mais longa e dolorosa”, completou Eduardo.

UPA Santa Paula

“Nós chegamos ao limite”, foi o que ressaltou na coletiva de imprensa a diretora técnica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Santa Paula, Kelly Maria Carvalho da Silveira. De acordo com ela, no início desse ano houve uma mudança no perfil dos pacientes que iam até a UPA. Agora, eles passam mais tempo na Unidade. “Temos pacientes que estão há nove dias. Hoje, nós temos uma UPA que é caracterizada como Unidade de Internamento”, citou.

No decorrer do seu discurso, Kelly explicou que, juntamente com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), o local teve aumento de leitos e de equipe de pessoal, como fisioterapeuta e nutricionista. Ela ainda explicou sobre a suspensão das atividades na UPA Santa Paula, anunciadas no início da noite de ontem (10). “Nós tomamos a decisão porque precisávamos dar segurança para os pacientes que ali estavam. Se nós continuássemos absorvendo, isso não seria possível”.

Ela encerrou fazendo, assim como os outros diretores, um apelo para a sociedade. “É um momento de a população entender a situação. Nossa equipe, médicos, estão cansados. Trabalhamos há um ano nessa circunstância. Vamos nos cuidar”, enfatizou.

Hospital do Coração Bom Jesus

Para o diretor técnico do Hospital Bom Jesus, Marco Antonio Moutinho de Souza, “já entramos em um colapso de saúde”. Segundo ele, o local está com quase 40 pacientes com covid-19, ocupação de 130% na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e os médicos estão ficando cansados pelo excesso de jornada de trabalho”, explica. Ele ainda conta que recursos financeiros já não bastam hoje, “porque as medicações estão ficando escassas. Não temos mais o número de funcionários e/ou colaboradores para manter todos os pacientes com cuidados”.

Na coletiva, Marco finalizou dizendo que a responsabilidade pelo controle da pandemia é de todos. “Por favor, com seriedade, vamos nos cuidar. Usar todas as maneiras de prevenção para que não tenhamos uma progressão maior da doença”, encerra.

Para assistir toda a coletiva de imprensa transmitida pelo Portal aRede clique aqui.

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