Política
Quanto ‘custou’ o voto do ponta-grossense na disputa pela Prefeitura?
Levantamento mostra “custo” de cada voto dividindo os gastos de campanha com a votação obtida por cada prefeiturável no 1º turno
Da Redação | 24 de novembro de 2020 - 05:56
Levantamento mostra “custo” de cada voto dividindo os gastos de campanha com a votação obtida por cada prefeiturável no 1º turno
Desde 2012, o cidadão comum pode ter acesso, de forma facilitada, às contas eleitorais de cada candidato(a), seja ele postulante a qualquer cargo público, de presidente da República a vereador(a). Essa ‘facilidade’ também provocou maior transparência na prestação de contas de cada postulante a cargo público. Com base nos dados de campanha, a redação do Portal aRede e Jornal da Manhã realizou uma comparação entre os gastos de campanha de cada prefeiturável e os votos obtidos pelas chapas no 1º turno.
A intenção é conseguir apresentar uma espécie de “custo-benefício” de cada campanha. Para tanto, são levados em conta os gastos declarados até a última sexta-feira (20) divididos pelos votos obtidos por cada chapa que disputou o comando da Prefeitura de Ponta Grossa no primeiro turno. O cruzamento de dados apresenta informações relevantes sobre o custo de cada voto.
A chapa que tem o melhor custo-benefício é a do PSOL, composta pelo candidato a prefeito, Professor Gadini, e pelo vice, Professor Kieras. A dupla investiu R$ 2.027,76 na campanha, tendo a organização de campanha mais barata entre as cinco chapas, enquanto obteve 5.029 votos (3,04% dos votos válidos). Neste caso, o custo por voto foi de apenas R$ 0,40.
O segundo melhor custo-benefício entre gastos de campanha e votação foi obtido pela primeira colocada do primeiro turno, Mabel Canto (PSC) que tem como vice Pietro Arnaud (PSB). Os dados da campanha mostram que a organização investiu R$ 129.657,29 e obteve 61.702 votos (37,27% dos votos válidos). Neste caso, para cada voto conquistado, o investimento da chapa foi de R$ 2,10.
Últimos colocados na disputa, Professor Edson (PT) e Pastor João Carlos (PCdoB) tiveram o terceiro melhor custo-benefício. Os dados mostram que a campanha da dupla no primeiro turno recebeu um investimento de R$ 15.782,33, enquanto a chapa obteve 2.959 votos no último dia 15 de novembro (1,79% dos votos válidos). Neste caso, o custo para cada voto recebido foi de R$ 5,33.
Segunda colocada no pleito e também avançando ao segundo turno, a Professora Elizabeth Schmidt (PSD), tendo como vice Capitão Saulo (também do PSD), declarou um gasto de R$ 547.671,33. Ao mesmo tempo, a dupla obteve 51.565 votos no primeiro turno (31,15% dos votos válidos). Neste caso, para cada voto obtido o investimento da campanha representou um investimento de R$ 10,62.
Por fim, a dupla Marcio Pauliki (SD) e Ricardo Zampieri (Republicanos) teve o menor custo-benefício na relação gasto de campanha e voto. Terceiros colocados no primeiro turno, Pauliki e Zampieri declararam um gasto de campanha de R$ 937.998,85, obtendo 44.301 votos (26,76% da votação válida). Neste caso, para cada voto conquistado a campanha investiu R$ 21,17.