Política
Paraná alinha modelagem do novo Anel de Integração
Foram discutidos quantidade de lotes, prazos e obras previstas do novo Anel de Integração, que será licitado em 2021
Da Redação | 05 de julho de 2020 - 18:34
Foram discutidos quantidade de lotes, prazos e obras
previstas do novo Anel de Integração, que será licitado em 2021
O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o ministro de
Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, se reuniram nesta quinta-feira (2),
em videoconferência, para discutir modelagem, quantidade de lotes, prazos e
obras previstas do novo Anel de Integração, que será licitado em 2021. O
projeto ainda está em fase de estudos e é tocado pela Empresa de Planejamento e
Logística S.A (EPL), em parceria com o IFC, braço de projetos do Banco Mundial.
O programa de concessões rodoviárias do Paraná será um dos
maiores do País. O projeto deve incorporar ao Anel de Integração original de
2,5 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais e pelo menos mais 1,3 mil
quilômetros. Estão sendo estudadas implementações novas em todas as regiões do
Estado e um modelo de licitação que contemple preços reduzidos em relação aos
praticados atualmente.
“Estabelecemos uma excelente parceria com o governo federal
e a expertise da União com as concessões vai nos ajudar a achar o melhor modelo
para o novo Anel de Integração. Levamos em consideração todas as ponderações do
setor produtivo, das entidades, dos demais poderes, das prefeituras, do cidadão
e também do mercado”, afirmou Ratinho Junior. “É um tema delicado no Paraná,
com histórico de problemas e ônus para a população. Não podemos errar. Buscamos
mais obras, modernização e um modelo equilibrado”.
Segundo o ministro de Infraestrutura, a ideia é ter um
formato mais acabado até o começo das consultas públicas. As equipes vão manter
reuniões periódicas até a formatação do modelo. “O Paraná é uma potência,
produz muito, tem um Produto Interno Bruto maior do que o do Uruguai. Temos que
ter projetos viáveis e que atraiam investidores. A sociedade precisa comprar
essa concessão”, afirmou Freitas. “Temos algumas premissas, mas os estudos não
estão fechados, vamos aprimorar. Esses contratos são sofisticados e precisam
ser bem construídos”.
Segundo o secretário de Infraestrutura e Logística do
Paraná, Sandro Alex, a expectativa é pela redução nos preços e uma malha
rodoviária mais robusta para as próximas décadas. “Vamos buscar uma tarifa
justa e as obras que não foram realizadas no passado. Ainda estamos debatendo
pontos do estudo. Mas as expectativas são boas. Estamos confiantes de que os
paranaenses ganharão com essa nova estruturação”, acrescentou.
As propostas ainda serão submetidas a audiências públicas
abertas e o desenho final do Anel de Integração será divulgado apenas no ano
que vem, com posterior licitação e nova gestão já a partir de novembro de 2021,
quando vencem os contratos assinados nos anos 1990.
FOZ DO IGUAÇU – O governador também pediu ao Ministério
de Infraestrutura que a Rodovia das Cataratas (trecho de 8,7 quilômetros da
BR-469), em Foz do Iguaçu, seja delegada pelo Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Denit) ao Departamento de Estradas de Rodagem
(DER-PR). A rodovia será duplicada em um convênio firmado entre o Governo do
Estado e a Itaipu Binacional.
O projeto executivo já está pronto e a ordem de serviço
deverá ser assinada no segundo semestre. A duplicação do trecho urbano até o
portão do Parque Nacional do Iguaçu é uma reivindicação antiga dos moradores. A
BR-469 é a única via de acesso às Cataratas do Iguaçu e ao aeroporto e o mais
importante corredor turístico da cidade.
Ratinho Junior citou as obras da nova pista do Aeroporto
Internacional de Foz do Iguaçu, também fruto da parceria entre Estado e União.
A previsão é que ela fique pronta em abril de 2021. Foram destinados R$ 53,9
milhões na ampliação da pista, que terá 2,8 mil metros, 605 metros a mais que a
atual, e permitirá que o terminal receba voos de maior porte.
PORTOS DO PARANÁ – O governador ainda citou a evolução
dos números dos portos paranaenses nos últimos meses, mesmo durante a pandemia
provocada pelo novo coronavírus. Houve, por exemplo, recorde de movimentação de
janeiro a maio. Foram 23,8 milhões de toneladas, volume 21% maior que o
contabilizado no mesmo mês de 2019.
Ele também destacou a construção do novo Corredor de
Exportação, sistema por onde são movimentados grãos e farelos. A estrutura foi
construída ainda na década de 1970. A capacidade de embarque de grãos e farelo
pelos três berços exclusivos do Corredor aumentará em 33% com as reformas
planejadas para os próximos anos.