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Sob pressão, Câmara de PG adia votação sobre ideologia de gênero

Grupo pressionou vereadores para que proposta fosse rejeitada
Grupo pressionou vereadores para que proposta fosse rejeitada -

Com presença de manifestantes contra o projeto, vereadores decidiram adiar o projeto por dois dias

A Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) decidiu adiar o projeto de emenda à Lei Orgânica Municipal (LOM) 4/2018, que proíbe as escolas municipais a trabalharem com temas relacionados à ‘ideologia de gênero’. A proposta é de autoria do vereador Vinícius Camargo (PMB) e conta com o apoio de outros parlamentares. À pedido de Jorge da Farmácia (PDT), a proposta saiu da ordem do dia por 15 dias. 

A decisão foi tomada com 14 votos favoráveis e seis contrários. A ‘pressão’ no debate sobre o tema foi realizada por professores e alunos, especialmente da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que usaram a tribuna e buscaram questionar os vereadores sobre a essência da matéria. Os docentes Carina Alves da Silva Darcoleto e Marcelo Ubiali Ferracioli, membros da Diretoria do Seção Sindical da UEPG (SindUEPG) usaram a tribuna para questionar os parlamentares.

Após debates inflamados sobre o tema, inclusive com manifestantes interrompendo vereadores que usavam a tribuna, foi a vez da parlamentar Professora Rose (PSB) se manifestar. Única mulher e única profissional da educação no Legislativo, Rose foi enfática no pronunciamento. “Trabalho com docência há 30 anos e esse tipo de projeto coloca a família e a comunidade contra os professores e alunos”, disse.

Vinícius Camargo (PMB), autor do projeto, usou a tribuna para destacar que acredita no debate democrático sobre o tema - o parlamentar é autor da proposta que já ‘patina’ no Legislativo desde 2018. “Eu acredito que a discussão democrática tem que ser feita, acho importante que toda essa discussão seja baseada no respeito mútuo”, disse Camargo antes de ser interrompido por manifestantes.

Outro parlamentar que foi interrompido por manifestantes foi Ricardo Zampieri (PSL). Visivelmente irritado com os gritos, Zampieri rebateu. “Aqui na Câmara temos respeito, é bom que vocês aprendam, especialmente para quem está aqui e logo vai ser candidato a vereador”, disse. “Engraçado que esse grupo que tanto defende mulheres esqueceu de deixar tempo para que a única mulher usasse a tribuna”, alfinetou o vereador sobre a falta de tempo para que a professora Carina falassem.

Pietro foi contra o pedido de vistas

O vereador Pietro Arnaud (REDE) foi contra o pedido de vistas e queria a votação imediata do projeto. Contra o teor da matéria, Arnaud destacou que a Câmara vinha demorando em votar o projeto de forma definitiva. “Eu sou contra [o pedido de vistas], temos que dar uma resposta à sociedade de forma definitiva. Tem gente [candidatos] que ficam se beneficiando da falta de votação desse tema”, criticou Pietro.

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