Política
Acipg pede que prefeito siga inflação no reajuste da água
Solicitação acontece porque o TJ-PR determinou que o Município seja responsável por determinar o aumento. Reajuste sugerido pela Agepar foi quase três vezes maior.
Da Redação | 22 de agosto de 2019 - 08:46
Solicitação acontece
porque o TJ-PR determinou que o Município seja responsável por determinar o
aumento. Reajuste sugerido pela Agepar foi quase três vezes maior.
A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta
Grossa (Acipg), enviou nesta quarta-feira (21), um ofício para o prefeito
Marcelo Rangel (PSDB) solicitando apenas a correção da inflação na tarifa de
água. Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) incumbiu à
Prefeitura de Ponta Grossa a decisão sobre o reajuste na tarifa da Companhia de
Abastecimento do Paraná (Sanepar).
A medida foi proferida na semana passada, pela juíza
substituta Rafaela Mari Turra, baseada em ação proposta pelo vereador Jorge da
Farmácia (PDT), contrária ao aumento de 12,13% sugerido pela Agência Reguladora
de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar). Na última
sexta-feira (16), uma nota foi emitida pela Prefeitura, afirmando que vai acompanhar
o reajuste realizado pela concessionária no restante do estado.
O presidente da ACIPG, Douglas Taques Fonseca, afirma que a
instituição é totalmente contrária ao aumento superior ao índice da inflação.
Ele comenta que a água é um bem de uso comum, essencial à vida humana e faz
parte da maioria dos processos de produção. Desta forma, um aumento neste nível
eleva a inflação em Ponta Grossa. “Temos a certeza que existem outras formas
para não ocorrer um reajuste tão oneroso e isso deve vir da eficiência da
empresa, na redução dos próprios custos”, disse.
Fonseca lembra de uma matéria publicada pela revista Valor
Econômico, que noticiou no mês de fevereiro deste ano, lucro líquido de R$ 320
milhões no quarto trimestre de 2018, alta de 107,5% na comparação anual. “Na
reportagem, a empresa alega que o crescimento de receita foi beneficiado
principalmente pelo reajuste tarifário anual de 5,12%, que passou a vigorar em
maio do ano passado e pelo aumento das ligações de água e esgoto. Com relação
ao lucro, a companhia atribui o ganho ao aumento da receita e à redução de 2,6%
nos custos e despesas operacionais”, disse Fonseca, salientando que o aumento
da tarifa do ano passado foi um dos principais fatores para um aumento
expressivo no lucro.
Considerando estas informações, a Acipg reitera ao prefeito municipal a importância de seu posicionamento quanto ao assunto, considerando que o Tribunal de Justiça o possibilitou oferecer um reajuste diferenciado do restante do Paraná, que pode estar em consonância com a inflação, ou em mais que o dobro dela. “A taxa de inflação é o aumento médio no nível de preços. Ou seja, é a média do crescimento dos preços de um conjunto de bens e serviços em um determinado período. Em virtude disso, entendemos ser a alíquota adequada para o reajuste da tarifa de água em Ponta Grossa”, finaliza o presidente.
Informações da Assessoria de Imprensa.