Política
“UEPG impacta R$ 0,5 bi na economia local”, diz reitor
Rodrigo de Souza | 19 de julho de 2019 - 00:31
Miguel Sanches Neto
destaca importância da universidade para o desenvolvimento econômico regional e
vê instituição como principal polo de captação de recursos do Estado.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) impacta,
anualmente, cerca de R$ 500 milhões na economia regional, de acordo com o
reitor Miguel Sanches Neto. A firmação tem base em estudos realizados pela
própria instituição, que apontam que para cada R$ 1 investidos pelo Estado na
universidade, outros R$ 4 são desdobrados na economia local.
O reitor acredita que a UEPG é uma das principais
responsáveis pelo desenvolvimento dos Campos Gerais em termos de economia. “É
um impacto direto, sem ela nos tornaríamos um município pequeno. Tire a UEPG de
Ponta Grossa e vai acontecer um empobrecimento geral da comunidade”, afirma.
Sanches Neto explica que a instituição funciona como um
grande polo de captação de recursos do Estado. “O tesouro estadual é composto
pelos impostos pagos por todos os paranaenses, que são acumulados em Curitiba. A
grande dificuldade é você trazer, em forma de benefício, esses recursos que
estão na capital. E a UEPG é um importante polo para a captação deles. Voltam
na forma de salários para os professores, bolsas para alunos, custeio do
Hospital Universitário e investimentos para os Campos Gerais”, detalha. Esse
fenômeno é nomeado pelo reitor como ‘regionalização dos recursos públicos’.
“Se tirarmos a UEPG daqui, esse dinheiro será gasto em outra
região e nós empobrecemos. O governo reaplicaria aqueles impostos de outra
maneira. Precisaria de um envolvimento político muito maior para que
retornasse. Então o impacto na comunidade é muito grande. Os estudantes alugam,
consomem e gastam no comércio da região, movimentando a economia”, conta. “Tirem
a UEPG dos campos gerais, e Ponta Grossa perde a dimensão econômica e política
que ela tem no Paraná”, destaca.
Além do impacto econômico, Sanches Neto ainda destaca outras
duas frentes importantes. Uma delas é a do conhecimento. “Ele se manifesta
desde o pequeno empresário, que teve seu filho que fez um curso aqui e que vai
voltar para melhorar e gerar uma maior competitividade, ou do próprio agricultor,
que o filho estuda aqui e pode trabalhar para produzir melhor na propriedade
dele”, exemplifica. O outro é o da Indústria. “Precisamos avançar mais essa
proximidade maior com o setor produtivo para criar oportunidades de
desenvolvimento de produtos locais e que possam ser industrializados através de
Ponta Grossa e região”, diz.
Impacto político
também é destaque para reitor
Miguel Sanchez Neto ainda ressalta a importância que a UEPG
traz para o cenário político paranaense. “Temos secretários, juízes, prefeitos,
deputados, todos formados pela UEPG. Se você não tem a fundação em 1969,
dificilmente esse pessoal teria estudado ou criado um vínculo com a região.
Como a universidade é múltipla, você vai ter isso na Educação, no Direito, na
Agricultura, na Industria, e Medicina. Cobrimos o mapa do desenvolvimento da
região com representantes de todas as áreas”, afirma.