Política
PG pode testar ônibus a biogás no transporte público
Fernando Rogala | 16 de maio de 2019 - 03:14
Parceria com montadora
brasileira deve gerar ‘case’ para ser testado no transporte público de Ponta
Grossa. Rangel esteve na Argentina nesta quarta, em tratativas sobre o tema.
A Prefeitura de Ponta Grossa planeja testar a utilização de
ônibus movidos a biogás no transporte público municipal. Durante esta
quarta-feira (15), o prefeito Marcelo Rangel (PSDB) esteve em Buenos Aires,
capital da Argentina, para conhecer o desenvolvimento da tecnologia de
transporte. A agenda foi em uma das sedes da montadora de caminhões e ônibus
Agrale, empresa brasileira com unidades espalhadas também no país vizinho.
A visita foi compartilhada nas redes sociais do prefeito. “Estamos
em uma missão aqui na Argentina porque vamos acompanhar o desenvolvimento de um
ônibus movido à biogás”, disse, em um vídeo publicado no Facebook. Nas imagens
o prefeito estava acompanhado de uma comitiva local e de diretores da Agrale.
Os motores produzidos pela montadora podem utilizar o gás
produzido por lixo doméstico – o que pode integrar os sistemas de transporte
público com o de coleta seletiva em Ponta Grossa, no caso da implantação dos
serviços. “É gás produzido por lixo doméstico. Isso mesmo, o lixo de casa vira
combustível de ônibus. Estou à procura de soluções para o transporte público e
estou entusiasmado com essa tecnologia que penso em levar para Ponta Grossa”,
afirmou o prefeito.
No vídeo publicado por Rangel, um dos diretores comerciais
da empresa também comenta sobre a possibilidade de fazer de Ponta Grossa um ‘case’
nacional, para que os ônibus movidos à biogás sejam levados posteriormente a
outras cidades brasileiras. “É a nossa proposta. Quem sabe a gente tenha em
Ponta Grossa, com a inovação que é característica do senhor prefeito, a
implementação de um case que possa ser aplicado em todo o país”, disse o
representante da Agrale.
A montadora brasileira, que também produz caminhões, possui
cerca de 9 mil ônibus em atividade na Argentina. Destes, 5 mil abastecem parte
do transporte público da capital, que conta com 8 mil veículos nas ruas. As
tratativas para implantação do serviço sustentável em Ponta Grossa estão em
fase embrionária, sem nenhuma previsão para ser colocada em prática.
Prefeito não precisou
pedir licença
Por conta da Lei Orgânica Municipal, o prefeito Marcelo
Rangel não precisou pedir licença aos vereadores da Câmara de Ponta Grossa para
viajar ao país vizinho. A legislação obriga que o mandatário solicite a
autorização somente em ausência posteriores a 10 dias, seja da cidade ou do
país. Existe, inclusive, uma proposta de emenda à LOM em tramitação que sugere
que o período seja ampliado para 15 dias. O projeto tramita pelas comissões da
Câmara e deve ser votado nos próximos dias pelos vereadores.