Política
Arco Norte deve custar até R$ 900 mi, segundo Rangel
Pelo valor, prefeito acredita que governo federal é o único capaz de financiar o investimento para desviar o tráfego rodoviário do perímetro urbano de Ponta Grossa
Da Redação | 29 de março de 2019 - 03:11
Pelo valor, prefeito acredita
que governo federal é o único capaz de financiar o investimento para desviar o
tráfego rodoviário do perímetro urbano de Ponta Grossa
O projeto do Arco Norte – contorno de 44 quilômetros que
pretende desviar o fluxo de veículos dos trechos urbanos da rodovias BR-376, PR-151
e PRC-373 em Ponta Grossa – pode chegar a até R$ 900 milhões, de acordo com o
prefeito Marcelo Rangel (PSDB). Rangel esteve durante a semana na capital
paranaense, em reunião com membros do Departamento Nacional de Infraestrutura e
Transportes (Dnit) e do Ministério da Infraestrutura, para discutir a
viabilização do desvio.
A proposta é discutida há pelo menos sete anos por
lideranças locais e é a obra mais cara já pleiteada pelo município. “Custa
entre R$ 800 [milhões] a R$ 900 milhões. É claro que um investimento deste
montante não pode ser feito pelo Estado e muito menos pela Prefeitura. Tem que
partir do governo federal”, disse o prefeito, em entrevista ao portal aRede na
quinta-feira (28).
Os números exorbitantes sempre assustaram o governo do
Estado e, por não estar no contrato de concessão rodoviária da CCR RodoNorte,
não deve ser encampado pela empresa – pelo menos até o final do acordo vigente,
em 2021. No entanto, com o acordo de leniência assinado no âmbito da Operação
Integração, existe uma expectativa de que o trecho urbano das rodovias recebam
investimento da empresa – o que pode acarretar em melhorias no tráfego de uma
das regiões mais movimentadas de todo o Anel de Integração.
“Existe um acordo de leniência das concessionárias, com
recursos que podem ser investidos em infraestrutura. Porem isso precisa ser
feito em até dois anos. E uma obra como o Arco Norte não se faz em dois anos.
Mas temos a possibilidade de investimentos em obras que podem minimizar os
efeitos na Souza Naves [nome dado ao trecho urbano da BR-373]”, destaca Rangel.
As obras na região, inclusive, foram um dos temas do encontro em Brasília. “O
Dnit e a Secretaria de Infraestrutura precisam ter essa responsabilidade. Foi
uma reunião ótima, acredito que teremos investimentos pesados para diminuir o
número de acidentes na Souza Naves”, revela o prefeito.
Prefeito se mostra
otimista com possibilidade
Apesar dos valores astronômicos para a construção do Arco
Norte e da dependência quase que exclusiva do governo federal, Marcelo Rangel
se mostra otimista em relação ao tema. “Essa obra vai sair. Vai sair porque tem
que sair. Como falei, a situação é de uma rodovia que passa pelo perímetro
urbano e causa muitos acidentes. Existe uma concentração muito grande de periculosidade
no trajeto atual e ele precisa ser desviado”, disse.